"Se for para durar, terá repercussões", alertou em entrevista à rádio France Inter, referindo-se aos confinamentos que foram decretados em áreas urbanas chave para a produção de componentes estratégicos de exportação, como semicondutores.
Breton destacou as fortes restrições que as autoridades chinesas estão a impor na província de Guangdong, que faz fronteira com Macau, e que concentra a indústria de eletrónica do país.
Também na cidade de Changchun, no nordeste, e em Xangai, a "capital" económica do país asiático, vários bairros foram confinados. A população local foi aconselhada a não deixar as cidades, exceto por motivos essenciais.
Desde o início do mês, a China passou de 119 para 3.122 casos diários.
O comissário europeu salientou que, na situação atual, só contando com o impacto da guerra na Ucrânia, a economia europeia pode perder um ponto percentual de crescimento e a inflação subirá.
Mas ressalvou que a incerteza é grande e é "muito difícil" fazer previsões.
"Teremos de ser bastante flexíveis" na gestão da situação, afirmou.
O comissário disse que é "melhor que as taxas [de juro] não subam demasiado", apesar de que em 2022 ainda haverá uma inflação "muito importante".
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