Bruxelas teme consequências de novas medidas de confinamento na China

O comissário europeu para o Mercado Interno, Thierry Breton, disse hoje que se as medidas de confinamento impostas em várias cidades da China se prolongarem, devido a surtos de covid-19, haverá consequências económicas na Europa, que se somarão ao impacto da guerra na Ucrânia.

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© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Lusa
14/03/2022 14:24 ‧ 14/03/2022 por Lusa

Economia

Covid-19

 

"Se for para durar, terá repercussões", alertou em entrevista à rádio France Inter, referindo-se aos confinamentos que foram decretados em áreas urbanas chave para a produção de componentes estratégicos de exportação, como semicondutores.

Breton destacou as fortes restrições que as autoridades chinesas estão a impor na província de Guangdong, que faz fronteira com Macau, e que concentra a indústria de eletrónica do país.

Também na cidade de Changchun, no nordeste, e em Xangai, a "capital" económica do país asiático, vários bairros foram confinados. A população local foi aconselhada a não deixar as cidades, exceto por motivos essenciais.

Desde o início do mês, a China passou de 119 para 3.122 casos diários.

O comissário europeu salientou que, na situação atual, só contando com o impacto da guerra na Ucrânia, a economia europeia pode perder um ponto percentual de crescimento e a inflação subirá.

Mas ressalvou que a incerteza é grande e é "muito difícil" fazer previsões.

"Teremos de ser bastante flexíveis" na gestão da situação, afirmou.

O comissário disse que é "melhor que as taxas [de juro] não subam demasiado", apesar de que em 2022 ainda haverá uma inflação "muito importante".

Leia Também: China regista mais casos de Covid este ano do que em todo o ano de 2021

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