A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) afirmou num comunicado hoje divulgado que o abrandamento se deveu em grande parte ao desempenho da Índia, com o crescimento a cair de 13,7% entre julho e setembro para 1,8% entre outubro e dezembro.
O ritmo de crescimento também abrandou significativamente tanto no conjunto da União Europeia (de 2,2% para 0,4%) como na zona euro (de 2,3% para 0,3%), uma vez que os seus países foram severamente atingidos a partir de dezembro por um forte surto de contágios da variante Ómicron.
No caso da Alemanha, a principal economia da UE, o Produto Interno Bruto (PIB), que tinha aumentado 1,7% no terceiro trimestre do ano passado, caiu 0,3% no quarto trimestre.
A Alemanha foi o único membro do G20 com um desempenho negativo nesse período.
O México, que tinha sofrido um declínio de 0,7% do PIB entre julho e setembro, permaneceu estagnado no quarto trimestre.
Ao contrário da tendência geral, vários Estados do G20 registaram uma aceleração económica nos últimos três meses do ano passado.
Foi o caso dos Estados Unidos, com um aumento de 1,7%, contra 0,6% entre julho e setembro, e também da China, com um crescimento de 1,6%, contra 0,7%.
No final do ano passado, o PIB do G20 era 4,1% mais elevado do que no final de 2019, antes de se sentirem os efeitos da pandemia.
Esta progressão do PIB em dois anos de pandemia no grupo das 20 maiores economias mundiais explica-se principalmente pela expansão da China, cuja atividade no final de 2021 era 10,2% mais elevada do que antes da pandemia.
Em termos relativos, a recuperação foi ainda mais evidente na Turquia, com um aumento de 14,5% ao longo dos dois anos.
Os Estados Unidos foram um dos Estados desenvolvidos que ultrapassou primeiro o nível pré-crise, e no final de 2021 já estava 3,2% acima do nível pré-pandemia.
Em contrapartida, a zona euro só ultrapassou esse limiar no último trimestre de 2021 e estava 0,2% acima do mesmo no final do ano.
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