Esta posição foi assumida por Mariana Vieira da Silva em conferência de imprensa destinada à apresentação do Programa do XXIII Governo Constitucional, depois de interrogada se o novo executivo admite uma nova atualização salarial este ano na administração pública, tendo em vista compensar os efeitos do aumento da inflação em 2022 e que é superior ao estimado no final de 2021.
O Programa de Estabilidade apresentado na semana passada ainda pelo anterior executivo prevê uma inflação de 2,9% este ano e a atualização salarial na administração pública foi de 0,9% em 2022.
Na resposta, a "número dois" do executivo recusou-se por enquanto a adiantar "pormenores" sobre medidas que poderão constar na proposta de Orçamento do Estado para 2022 a aprovar pelo Governo "nos próximos dias".
"Nesse momento, como acontece sempre, o ministro das Finanças [Fernando Medina] fará a apresentação do Orçamento e detalhará todas essas respostas. Neste momento, não há condições para responder diretamente a questões relacionadas com o Orçamento para 2022", alegou Mariana Vieira da Silva, que a administração pública na sua esfera de tutela direta.
Mariana Vieira da Silva observou que os números da inflação foram incluídos no Programa de Estabilidade com a previsão que o Governo anterior fez, "de subida de inflação nestes anos, [2,9% em 2022], mas uma recuperação para níveis distintos nos anos seguintes".
O Programa de Estabilidade, segundo a titular da pasta da Presidência, foi influenciado por um conjunto de variáveis positivas, com Portugal a chegar ao fim de 2021 numa melhor situação económica melhor do que o previsto. No entanto, também se registam variáveis negativas, como as que decorrem da situação internacional atual".
"A nossa convicção é que o percurso apresentando no Programa do Governo é realizável, apesar dos percalços que sempre acontecem. Alguns [desses percalços] já conhecemos, mas outros não", acrescentou.
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