Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average cedeu 2,82%, para os 33.811,40 pontos, naquela que foi até agora a sua pior sessão do mês.
Fortes perdas foram também apresentadas pelo tecnológico Nasdaq, que recuou 2,55%, para as 12.839,29 unidades, e alargado S&P500, que desvalorizou 2,77%, para as 4.271,80.
As cotações continuaram a reagir às afirmações mais belicistas do presidente da Fed, Jerome Powell, relativas ao crescimento dos preços.
O banqueiro central afirmou hoje que a subida da taxa de juro de referência em meio ponto percentual "estava sobre a mesa" para a próxima reunião do comité de política monetária (FOMC, na sigla em Inglês), no início de maio.
"Má sessão hoje", resumiu Peter Cardillo, da Spartan Capital. O dia de hoje representou o fim da quarta semana negativa consecutiva para o Dow e a terceira para o Nasdaq e o S&P500. Os 30 valores que integram o Dow fecharam hoje todos em baixa.
Art Hogan, da National Securities, apontou "uma forte ansiedade quanto à agressividade da Fed".
Em particular, acrescentou, "os investidores estão espantados com a rapidez com que o rendimento das obrigações da dívida pública a 10 anos aumentou".
Estes rendimentos mantiveram-se em 2,9%, depois de na véspera terem estado perto dos três por cento (2,96%).
Jamie Cox, do Harris Financial Group, foi mais longe, ao afirmar: "Os investidores têm uma forte impressão de incómodo face à probabilidade crescente de um erro de política por parte da Fed".
Isto é, detalhou, "quando um dirigente da Fed sugere uma subida de 50 pontos-base, os investidores começam imediatamente a antecipar subidas de 75 pontos-base".
Na sua opinião, "é a loucura completa. A maior parte dos investidores fazia bem em ignorar estas antecipações (...) esperando para ver o que se vai realmente com as taxas".
Alguns permanecem otimistas em relação à próxima semana, quando são esperados vários resultados trimestrais de empresas como Microsoft, Apple e Google (Alphabet).
Os investidores vão focar-se de novo nos resultados e talvez inverter o sentimento negativo provocado pela agressividade da Fed", admitiu Cardillo.
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