Fazer depender o valor das pensões pagas pelo Estado de fatores ligados ao desenvolvimento da economia portuguesa e também demográficos é, segundo se sabe, uma hipótese em cima da mesa para o Governo PSD-CDS.
Porém, segundo noticia esta terça-feira o Jornal de Negócios, caso a regra aprovada em 2006, durante a governação de José Sócrates, semelhante ao modelo agora proposto, ainda estivesse a ser aplicada, os pensionistas veriam os seus rendimentos no final do mês encurtados, sobretudo devido à indexação do valor pago pelo Estado a fatores como a inflação.
De referir que, numa altura em que foi conhecida publicamente a intenção do Governo de Passos Coelho mexer no regime de cálculo das pensões, e com pouco margem para novos cortes, este tipo de sistema permitira a poupança de valores consideráveis, uma vez que a economia portuguesa tem progredido a ritmo lento.
Com o sistema anterior, caso se verificasse um crescimento do PIB na ordem dos 3% acima da inflação, nenhum reformado perderia poder de compra. Porém, em 2014, devido ao baixo nível da inflação em 2013, os pensionistas teriam registado de forma generalizada uma quebra nominal nas pensões pagas, de acordo com a informação divulgada pelo Jornal de Negócios.