Durante a apresentação hoje do boletim económico de junho, o governador do Banco de Portugal (BdP), Mário Centeno, explicou que a instituição integra um cenário adverso que assume um agudizamento da invasão da Ucrânia e dos problemas das repercussões políticas que possa ter na economia, com maior impacto na segunda metade de 2022.
Mário Centeno indicou que neste cenário existira uma diminuição da taxa de crescimento anual do PIB face às projeções do cenário de 1,5 pontos percentuais (pp.) em 2022 e 2,6 pp em 2023, revertido parcialmente em 2024 (0,7 pp).
Desta forma, o PIB cresceria 4,8% este ano, registando um crescimento nulo em 2023 e 2,7% em 2024.
Também no cenário adverso a inflação subiria para 6,8% este ano, 4,3% em 2023 e 1,7% em 2024, o que compara com os 5,9% este ano, 2,7% em 2023 e 2% em 2024 previstos no cenário central.
O BdP explica que neste caso a inflação mais elevada decorre, sobretudo, do aumento do preço dos bens importados e da sua transmissão aos preços no consumidor, com a redução da procura a contrariar parcialmente estes efeitos.
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