O anúncio foi feito no final de março, mas a saída de António Ramalho do Novobanco só se concretiza esta segunda-feira, dia 1 de agosto. O mandato de Ramalho na instituição bancária só terminaria em 2024, mas ficará a meio, porque o gestor acredita que este é o "momento certo" para sair.
A justificação foi dada, na altura, pelo Novobanco: "António Ramalho acredita ser este o momento certo para anunciar o seu desejo de deixar o cargo que assumiu há cerca de seis anos".
Ramalho será substituído por Mark Bourke, que ocupava, até então, o cargo de administrador financeiro (CFO) da instituição bancária.
"O CGS [Conselho Geral e de Supervisão] considerou Mark Bourke como o candidato ideal com (i) mais de 20 anos de experiência como administrador executivo (em funções de CEO e de CFO) em instituições financeiras reguladas; (ii) experiência e conhecimento significativo do mercado e sistema bancário português, adquiridos como CFO nos últimos três anos do Novobanco; e (iii) as competências e experiência necessárias para liderar o Novobanco nesta próxima fase de desenvolvimento", referiu, em maio, o banco, em comunicado enviado à CMVM.
António Ramalho auferiu 410 mil euros em 2021, a que poderá acrescer um prémio, segundo o relatório e contas do banco divulgado em abril. Dos 410 mil euros atribuídos ao gestor, 372 mil euros foram pagos e 38 mil euros têm pagamento diferido.
O Novo Banco foi criado em agosto de 2014, na resolução do Banco Espírito Santo (BES).
No âmbito da venda de 75% do Novo Banco à Lone Star em 2017 foi feito um acordo de capitalização. Então, o Fundo de Resolução comprometeu-se a, até 2026, cobrir perdas com ativos 'tóxicos' com que o Novo Banco ficou do BES até 3.890 milhões de euros.
Desde então, a cada ano, as injeções de capital do Fundo de Resolução no Novo Banco têm provocado polémica.
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