Até às 11:00 não tinha sido cancelado qualquer voo com destino ou origem no aeroporto de Faro, estando a operação a decorrer com normalidade e sem atrasos significativos, tanto nos voos de partida, como de chegada.
Na zona das partidas eram visíveis algumas filas de passageiros para fazer o 'check-in', mas o ambiente no aeroporto de Faro era o habitual numa sexta-feira do mês de agosto, quando o turismo atinge o seu pico na região.
De acordo com informação disponibilizada no 'site' da ANA -- Aeroportos de Portugal, entre as 07:00 e as 11:00 tinha partido do aeroporto de Faro um total de 26 voos e chegado um total de 31 voos, na sua maioria com destino ou origem no Reino Unido.
A Lusa tentou contactar a delegação regional do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil (SINTAC) para obter dados de adesão à greve em Faro, mas tal não foi possível até ao momento.
A Portway alertou na quinta-feira para a possibilidade de constrangimentos nos aeroportos nacionais, devido à greve convocada pelo SINTAC para os dias 26, 27 e 28 de agosto.
O SINTAC convocou uma greve na empresa de assistência em terra, nos aeroportos de Lisboa, Porto, Faro e Funchal, com início às 00:00 do dia 26 de agosto e fim às 24:00 de 28 de agosto.
Com este protesto, os trabalhadores visam insurgir-se contra a política de "confronto e desvalorização" por via de "consecutivos incumprimentos do Acordo de Empresa, confrontação disciplinar, ausência de atualizações salariais e deturpação das avaliações de desempenho que evitam as progressões salariais", indicou a SINTAC em comunicado.
A Portway lamentou, também em comunicado, na quinta-feira, "os incómodos que esta situação venha a causar aos passageiros".
Tendo em conta o impacto que a greve pode ter nas operações aeroportuárias, a empresa aconselha ainda os viajantes a confirmarem os respetivos voos junto das companhias aéreas, antes de se dirigirem para os aeroportos.
"A Portway considera que a convocatória desta greve é um ato irresponsável, pois os motivos para a convocar não correspondem à realidade, compromete a recuperação do setor e da economia nacional num período de intensa atividade da aviação e do turismo e afeta, seguramente, a capacidade de a empresa traduzir a tão esperada recuperação financeira em melhores condições para os trabalhadores", considerou a empresa.
Sobre os motivos apresentados pelo sindicato para convocar a greve, a empresa sublinhou que "cumpre com toda a legislação e regulamentação aplicáveis, incluindo os Acordos de Empresa em vigor e os direitos laborais dos seus trabalhadores, que incluem o direito à greve e o direito a trabalhar em plena liberdade e consciência", e lembrou que "foram feitas atualizações remuneratórias desde o exercício de 2019 até à presente data que representam um aumento de 11% nas remunerações dos trabalhadores".
Leia Também: Greve na Portway não está a afetar operação no Aeroporto da Madeira