Os resultados definitivos indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average perdeu 1,01%, o tecnológico Nasdaq recuou 0,95% e o alargado S&P500 desvalorizou 1,13%.
Para os analistas da Briefing.com, "o fator mais importante" na orientação da sessão foi a continuação da subida dos rendimentos obrigacionistas.
O rendimento das obrigações do Tesouro dos EUA a 10 anos subiu para 3,60%, uma novidade desde abril de 2011.
Já o dos títulos a dois anos, mais representativo das antecipações dos investidores em termos de política monetária, aproximou-se dos quatro por cento (3,98%), limiar que nunca mais superou desde há cerca de 15 anos.
Esta escalada das taxas perturbou as ações das tecnológicas, mais expostas a um endurecimento das condições de financiamento, de que dependem para manterem o seu crescimento. Por exemplo, a Amazon e a Alphabet pagaram os custos, com recuos respetivos de 1,98% e 1,95%.
"Os investidores estão expectantes", comentou Adam Sarhan, da 50 Park Investments. "Estão a aguardar para saberem o que a Fed vai fazer". Esta deve anunciar na quarta-feira a sua decisão relativa à subida da taxa de juro de referência, no final da reunião de dois dias do seu comité de política monetária (FOMC, na sigla em Inglês).
Os investidores estão â espera de uma subida da taxa em 0,75 pontos percentuais, o que elevaria para um intervalo entre três e 3,25%.
Porém, receiam que o voluntarismo da Fed na luta contra a inflação precipite a economia dos EUA na recessão.
Entre os indicadores económicos do dia, os observadores relevaram a nítida diminuição das autorizações de construção nos EUA, em agosto.
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