"A médio prazo temos de trazer a inflação de volta aos 2,0% e faremos o que temos de fazer. Isto é, continuar a aumentar as taxas de juro nas próximas reuniões", disse Lagarde num evento em Frankfurt.
Segundo Lagarde, se o BCE não optar por esta via, as consequências para a economia serão mais graves do que o aumento do custo do crédito.
"O nosso objetivo não é reduzir o crescimento, o nosso objetivo essencial é assegurar a estabilidade dos preços. Isso é algo que o BCE tem de conseguir", disse.
O BCE aumentou as taxas de juro no passado mês de julho pela primeira vez desde 2011.
Nessa ocasião, a taxa de juro de referência subiu 0,50 pontos percentuais.
Na segunda etapa, em setembro, registou-se uma subida de 0,75 pontos percentuais, de modo que a taxa de juro de referência se situa agora em 1,25%.
Em agosto, a inflação homóloga na zona euro atingiu 9,1%.
O BCE considera que a estabilidade de preços deve ser assegurada quando a inflação homóloga é ligeiramente inferior a 2,0%.
Antes da mudança em julho, o BCE tinha prosseguido durante anos uma política de redução das taxas de juro a fim de contrariar primeiro as consequências da crise da dívida e depois o impacto económico da pandemia.
A próxima reunião do conselho do BCE está agendada para 27 de outubro.
Leia Também: "País tem condições" para avançar com alta velocidade "sem sobressaltos"