O secretário de Estado do Trabalho, Miguel Fontes, sublinhou esta quinta-feira que a proposta do acordo de rendimentos apresentada aos parceiros sociais tem como objetivo dar previsibilidade para as famílias e empresas, num período que é marcado pela incerteza.
Em declarações à SIC Notícias, o secretário de Estado sublinhou que o momento atual é "particularmente difícil" e caracterizado por "incerteza" e, por isso, a "vantagem do acordo [de rendimentos] é, precisamente, dar alguma previsibilidade".
Ainda assim, destacou que se trata de um "processo em aberto" e mostrou-se confiante em atingir um "denominador comum" com os parceiros. "O país necessita deste acordo", reiterou.
"O Governo apresentou ontem aos parceiros sociais uma base inicial de discussão, tendo em vista aquilo que é um objetivo que achamos essencial para o país face ao momento que vivemos, que é de estabelecer um acordo de médio prazo, ou seja, durante a vigência da legislatura, em que possamos fazer simultaneamente duas coisas: aumentar os salários dos portugueses e conseguir aproximar o peso dos salários no nosso PIB, mas também reforçar a competividade da economia portuguesa", disse Miguel Fontes.
Os parceiros sociais consideraram na quarta-feira que a proposta do Governo para um acordo de rendimentos e competitividade é "vaga", com a ministra do Trabalho a garantir que "os números existem" e têm como suporte previsões do cenário macroeconómico.
As críticas dos parceiros sociais foram proferidas à saída da reunião da Concertação Social, onde o Governo apresentou a proposta para o acordo de médio prazo de melhoria dos rendimentos, salários e competitividade.
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