Os acordos estão estreitamente ligados ao acordo de reconhecimento de fronteiras marítimas e águas territoriais assinado em 2019, que inclui águas reclamadas pela Grécia, e no qual também foram assinados convénios de colaboração militar.
"Assinámos um Memorando de Entendimento para a exploração de hidrocarbonetos em águas territoriais e em solo líbios, a cargo de empresas mistas turco-líbias", destacou Çavusoglu, em declarações recolhidas pela agência de notícias oficial da Turquia, Anatolia.
Questionado sobre o que outros países poderiam dizer sobre o acordo, o ministro turco afirmou que "não importa o que pensem", porque são acordos assinados por dois países soberanos e que beneficiam a ambos.
"Países terceiros não têm o direito de interferir", frisou.
Por sua vez, a ministra dos Assuntos Exteriores da Líbia, Najla Mangoush, destacou a importância deste acordo no atual contexto da "crise ucraniana e suas repercussões" no mercado de energia.
Em resposta, o Serviço Europeu de Ação Exterior publicou um comunicado no qual argumenta que este novo acordo tem por base o Memorando de Entendimento de 2019, que Bruxelas considera ilegal.
"Não cumpre com o Direito do Mar e não pode ter consequências jurídicas para Estados terceiros. O novo acordo não foi ainda tornado público. São necessários mais esclarecimentos sobre o seu conteúdo. Devem ser evitadas ações que prejudiquem a estabilidade da região", acrescentou Bruxelas.
Leia Também: Sonatrach anuncia descoberta de uma nova reserva de petróleo
