Negócios Estrangeiros com 496,2 milhões em despesa total consolidada

O Ministério dos Negócios Estrangeiros conta para 2023 com uma dotação orçamental para despesa total consolidada de 496,2 milhões de euros, cerca de 1,2 por cento acima da execução estimada para até final de 2022.

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© Reuters

Lusa
10/10/2022 15:06 ‧ 10/10/2022 por Lusa

Economia

OE2023

O relatório que acompanha a proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2023, entregue hoje pelo Ministro das Finanças na Assembleia da República, indica que o Programa Orçamental da Representação Externa prevê uma despesa efetiva consolidada de 456,20 milhões de euros, 0,2 por cento mais do que no ano corrente.

A receita total consolidada prevista para o próximo ano cai 33,6 por cento, face à estimativa de 747,74 milhões em 2022, para 496,2 milhões de euros, montante igual ao da despesa total prevista.

Para a dotação de despesa total consolidada do Programa, contribuem sobretudo as despesas com pessoal (218,7 milhões de euros), o Camões, I.P. (37,8 milhões de euros), e a AICEP (26,7 milhões de euros), que reflete "as entradas de colaboradores ocorridas em 2022 e a ocorrerem em 2023, bem como revalorizações salariais", lê-se no documento.

Na proposta de OE para este ano, o Ministério dos Negócios Estrangeiros aponta que, na medida 103 -- "Impacto do choque geopolítico" foram afetos 0,8 milhões de euros, correspondendo maioritariamente a despesas com as missões de serviço público dos elementos da Unidade de Serviço Externo Periférico na Ucrânia da Direção Geral dos Assuntos Consulares e das Comunidades Portuguesas (GAFMNE).

Na especificação de "Políticas e medidas" da representação externa é referido o Mecanismo Europeu de Apoio à Paz, destacando que em 2023, o Governo assegurará os compromissos do MNE e do Ministério da Defesa Nacional "no âmbito do Mecanismo Europeu de Apoio à Paz, estabelecido pelo Conselho da União Europeia de 22 de março de 2021 e demais decisões subsequentes".

Do total de receita consolidada, 62,3% respeitam a receitas de impostos no valor de 309,3 milhões de euros, e transferências correntes no valor de 72,9 milhões de euros, "sobretudo referentes a financiamento comunitário", a que se juntam os montantes referentes a taxas, multas e penalidades.

Na proposta do OE2023, a dotação de despesa total consolidada do Programa prevê um aumento nas despesas com pessoal, aquisição de bens e serviços, investimento e ativos financeiros. 

O Governo manteve a previsão de défice deste ano em 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB), estimando uma descida para 0,9% em 2023, segundo o cenário macroeconómico da proposta de Orçamento do Estado para 2023 (OE2023).

A proposta entregue hoje pelo Governo revê em alta de 1,6 pontos percentuais a previsão de crescimento do PIB deste ano para 6,5%, estimando uma desaceleração para 1,3% em 2023.

A previsão de crescimento representa uma melhoria face aos 4,9% projetados no Orçamento do Estado para 2022 (OE2022).

O Governo também reviu em alta a previsão da taxa de inflação deste ano, de 3,4 pontos percentuais, para 7,4%, estimando uma descida para 4% em 2023.

Leia Também: Presidência com a mesma dotação, a da Assembleia da República sobe 12%

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