Em causa está o "impasse" nas negociações salariais com a administração da IP, afirmam os sindicatos em comunicado.
Segundo contam, na última reunião, a administração da IP manteve a sua proposta apresentada na anterior reunião, "não havendo qualquer evolução, nem aproximação às revindicações do Sintap e do Sinafe".
"Claramente condicionado pelo Governo, o negociador patronal acenava com o despacho da tutela financeira que limitava o aumento a 5,1% da massa salarial, o que se traduz por mais um ano de perda de poder de compra para os trabalhadores da IP-Infraestruturas, IP-Telecom, IP-Engenharia e IP-Património", pode ler-se no comunicado.
De acordo com o Sintap e o Sinafe, as propostas dos sindicatos não foram consideradas pela comissão negociadora patronal, pelo que, "perante este impasse, a administração decidiu travar a fundo as negociações impondo aumentos salariais por ato de gestão".
Os trabalhadores farão greve "à prestação de todo e qualquer trabalho" nos dias 28 de fevereiro e 2 de março "durante todo o seu período de trabalho".
No comunicado, os sindicatos indicam que a greve é pelo aumento dos valores salariais e do poder de compra, pela retoma da negociação coletiva e pela "não discriminação de trabalhadores" e contratação de pessoal.
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