Wall Street sem rumo ao antecipar continuação da subida da taxa de juro

A bolsa nova-iorquina acabou hoje de forma contrastada, com uma recuperação no final da sessão, graças a um refluxo dos rendimentos obrigacionistas, com o mercado crispado pela inflação e um endurecimento monetário que se deve prolongar.

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Lusa
17/02/2023 23:18 ‧ 17/02/2023 por Lusa

Economia

Wall Street

Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average ganhou 0,39%, o tecnológico Nasdaq recuou 0,58% e o alargado S&P500 caiu 0,28%.

Para Peter Cardillo, da Spartan Capital, depois de uma abertura confusa, a baixa das cotações do petróleo e a inflexão dos rendimentos obrigacionistas no fim da sessão "permitiu dar alguma confiança ao entendimento de que não se deve estar muito longe do pico das taxas".

Depois de ter atingido os 3,92%, o máximo desde há três meses, o rendimento oferecido pela dívida federal a 10 anos contraiu-se para 3,81%, abaixo do nível da véspera (3,86%).

A aproximação de um fim de semana prolongado (2.ª feira será feriado) causou um fraco volume de transações, o que conduziu a margens apertadas de variação, segundo Peter Cardillo.

Na frente da inflação houve uma nota positiva, com os preços dos produtos importados a registarem em janeiro a sua subida mais fraca em dois anos.

Mas este indicador não fez variar as antecipações dos operadores, dos quais 70% apostam em que a taxa de juro de referência da Reserva Federal (Fed) supere os 5,25% até julho, o que significa pelo menos três subidas de 25 pontos-base até lá.

O presidente do banco da Fed em Richmond, Thomas Barkin, e uma governadora da Fed, Michelle Bowman, defenderam hoje, como vários dos seus colegas desde há duas semanas, a continuação do endurecimento monetário.

"As pessoas estavam prontas para ignorar esta época de resultados medíocre enquanto as estatísticas macroeconómicas fossem favoráveis", isto é, que mostrassem um arrefecimento progressivo da economia, disse Jan Szilagyi, de Toggle AI.

"Mas se (as estatísticas) mostram que a economia vai bem e que nos preparamos para taxas mais elevadas durante mais tempo, o mercado tem um problema: o que é que o pode fazer subir?", questionou.

"É a situação que ele mais detesta a incerteza", acentuou Jan Szilagyi.

Leia Também: Wall Street cai com receio de mais subidas das taxas de juro

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