Camiões que entrem hoje no porto de Leixões trabalham "com normalidade"

As empresas rodoviárias que querem entrar hoje no porto de Leixões, em Matosinhos, no distrito do Porto, estão a fazê-lo "com normalidade", apesar da paragem de duas transportadoras, assegurou hoje a administradora do porto, Cláudia Soutinho.

Notícia

© Global Imagens

Lusa
22/02/2023 13:26 ‧ 22/02/2023 por Lusa

Economia

APDL

"Hoje, quem quer entrar no porto, e há muitos camiões a entrar no porto, estão a trabalhar com normalidade", disse à agência Lusa a responsável da Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL).

Em causa está uma paralisação de operadores rodoviários no porto de Leixões, que durará até ao final da semana, após não terem chegado a acordo com a administração portuária e restantes agentes do setor quanto a preços e compensações financeiras devido aos tempos de espera no porto.

Na sexta-feira, fonte oficial da APDL tinha adiantado à Lusa que os tempos de espera "estão a aproximar-se paulatinamente dos normais", estando em causa a implementação de um novo sistema operativo de terminais Navis4, que, segundo a APDL, é "o mais utilizado em todo o mundo" e "prevê um aumento da eficiência que vai acontecer em breve".

Segundo Cláudia Soutinho, vogal da administração que lidera a APDL após da saída de Nuno Araújo da presidência (aguarda-se a nomeação de um novo presidente), "as empresas que querem trabalhar, e há muitas, estão a entrar e a sair do porto sem problema nenhum".

A administradora da APDL recordou que o porto de Leixões não está obrigado a "tempos nenhuns" no que diz respeito à permanência dos camiões nas suas instalações para cargas e descargas, pelo que "compensações não fazem o mais pequeno sentido".

De acordo com Cláudia Soutinho, "os transportadores têm um problema grave, estrutural, que tem a ver com os preços que praticam e com a concorrência entre eles, porque eles não se conseguem organizar".

Mencionando questões como os tacógrafos digitais, os aumentos dos preços dos combustíveis e também as "muito pequenas" janelas temporais dos parques de depósito dos contentores, a responsável referiu que os camiões têm de ir "duas vezes" ao local ou ficam no porto durante "muitas horas".

"Mas isso não é um problema do porto, é um problema de todos os 'stakeholders' [agentes] que andam à volta do porto, e que de facto são os clientes dos transportadores, que eles contratam para trabalhar", explicou.

Assim, Cláudia Soutinho defendeu que o aumento dos preços dos transportadores "tem mesmo que acontecer", pois "trabalham com preços francamente abaixo, por exemplo, de Lisboa".

Em causa estão os "agentes de navegação e dos transitários, que é quem contrata os transportadores para virem ao porto buscar a mercadoria".

A administradora referiu ainda que há "picos de intensidade diários" em Leixões, especialmente do final da manhã até às 16:00, estando a administração portuária a ponderar "janelas em que só possam entrar 'x' camiões e em que tenha de haver planeamento para eles virem nessa hora, de acordo com uma inscrição prévia".

"Temos tentado, a todo o custo, achatar essa curva desse momento de grande afluência, mas mais uma vez isso não é um problema do porto de Leixões, é um problema da hora a que eles decidem vir", explicou.

Leia Também: Camionistas sem acordo com a APDL param operações no porto de Leixões

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas