Esta conclusão é do relatório trimestral do Banco de Pagamentos Internacionais (Bank for International Settlements, BIS), publicado hoje, que analisa a situação nos mercados financeiros nos últimos três meses.
O chefe do departamento monetário e económico do BIS, Claudio Borio, afirmou ao apresentar o relatório trimestral que "quanto mais tempo os mercados demorarem a reconhecer que o aperto é a resposta dos bancos centrais", maior é a probabilidade de uma correção abrupta dos preços mais tarde.
Borio acredita, portanto, que é importante que este fosso entre as expectativas do mercado e as intenções dos bancos centrais seja reduzido.
Vários dos principais bancos centrais do mundo abrandaram a subida das suas taxas de juro, mas têm sido cautelosos quanto aos próximos passos, porque a inflação ainda é muito elevada e a força no mercado de trabalho permanece, de acordo com o BIS.
O futuro das taxas de juro transmite a expectativa do mercado de que as subidas das taxas de juro terminarão este ano e serão seguidas por descidas acentuadas em 2024.
Mas, acrescenta Borio, "os bancos centrais não deram qualquer indicação de que a flexibilização monetária está no horizonte, porque a inflação continua elevada e os mercados de trabalho estão ajustados".
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