Ações do Credit Suisse abriram a subir 2,8% mas caem 1,2% em minutos

As ações da instituição bancária Credit Suisse abriram hoje em alta na Bolsa de Zurique com uma subida de 2,8%, mas baixaram 1,2% em poucos minutos, relativamente aos valores de quinta-feira.

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Lusa
17/03/2023 09:32 ‧ 17/03/2023 por Lusa

Economia

Credit Suisse

Genebra, 17 mar 2023 (Lusa) - As ações da instituição bancária Credit Suisse abriram hoje em alta na Bolsa de Zurique com uma subida de 2,8%, mas baixaram 1,2% em poucos minutos, relativamente aos valores de quinta-feira.

Na sessão anterior tinha-se registado uma subida de 19% que, em parte, compensou a queda de 24% ocorrida na quarta-feira.

Hoje, os investidores continuam atentos à cotação do segundo maior banco da Suíça, uma das 20 maiores instituições bancárias da Europa, depois de o Banco Nacional da Arábia Saudita - o principal acionista - ter anunciado que ia cessar os investimentos no Credit Suisse.

Esta semana, a decisão do Banco Nacional Saudita obrigou o Banco Nacional da Suíça a prestar ajuda contribuindo, desta forma, para a recuperação em bolsa do Credit Suisse, na quinta-feira.   

O Banco Nacional Suíço comprometeu-se na madrugada de quinta-feira a conceder uma ajuda de 50.000 milhões de francos (50.600 milhões de euros) ao Credit Suisse, o que parece ter restabelecido a confiança dos investidores. 

O Governo da Suíça realizou na quinta-feira uma reunião com as autoridades do banco central e com a comissão reguladora do país (Finma) para analisar a complicada situação do Credit Suisse mas ainda não se pronunciou publicamente sobre a situação.

É possível que o Executivo preste informações sobre a ajuda ao Credit Suisse na reunião dos membros do Governo que se realiza às sextas-feiras. 

Os partidos de centro e de direita suíços mostraram-se otimistas referindo que o Credit Suisse enfrenta "uma crise de confiança" e não um problema de solvência, mas a esquerda pediu total transparência sobre a operação de ajuda sublinhando que os responsáveis pela instituição bancária "têm de prestar contas". 

Os analistas, na imprensa suíça, referem hoje que apesar da complicada situação do banco não vai ser necessária uma operação de resgate estatal, como aconteceu em 2008 com o banco UBS, devido à exposição à crise imobiliária nos Estados Unidos. 

Na altura, face às dificuldades financeiras, o Governo suíço estabeleceu um sistema de auxílio a entidades "demasiado grandes para cair" ("too big to fall", no jargão da comunidade financeira).  

Leia Também: "Pânico" é "injustificado", diz o principal acionista do Credit Suisse

 

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