Num comentário à ação de rating, a Fitch assinala que a atualização reflete "um progresso significativo" na redução de ativos problemáticos desde o final de 2019, apesar dos desafios que o período de pandemia impôs ao ambiente operacional em Portugal.
"Esperamos que esta redução de ativos problemáticos continue no futuro próximo, embora a um ritmo mais lento", justifica.
A melhoria do 'rating' do BCP pela Fitch deixa o banco a um passo de sair do grau de investimento especulativo.
As perspetivas de ganhos são melhores devido a taxas de juros mais altas, "forte eficiência de custos" e "um balanço com riscos significativamente reduzidos".
"Como resultado, os índices de capital aumentaram para níveis mais adequados", refere.
A agência sublinha que o 'rating' do BCP reflete a melhoria da qualidade dos ativos do banco, destacando que o rácio de imparidade do BCP diminuiu para ligeiramente abaixo de 4% no final de 2022, devido à gestão ativa do malparado, nomeadamente através de vendas e entradas limitadas de novos créditos imparidades.
Considera, assim, "que agora está próxima dos pares domésticos com 'rating' mais alto, embora o índice de ativos problemáticos continue ligeiramente acima da média dos bancos do sul da Europa".
A Fitch realça que a capitalização do grupo melhorou, mas continua exposta a custos relacionados com potenciais litígios, através da sua subsidiária polaca.
Cerca das 16:30, as ações do BCP caiam 4,98% para 0,1832 euros.
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