Os dados foram apresentados hoje pelo vice-primeiro-ministro e atual presidente do Conselho de Administração do Fundo de Infraestruturas (CAFI), José Reis, que explicou que desde a sua criação o fundo investiu 61% dos quase 5.426 milhões de dólares (5.062 milhões de euros) orçamentados.
Esse valor executado, que ascende a 3.325 milhões de dólares (3.102 milhões de euros) destinou-se à implementação de 1972 projetos de infraestruturas, dos quais 36,05% foram para a construção de estradas e pontes.
José Reis falava na abertura de um seminário de três dias de "reflexão sobre 20 anos de desenvolvimento de infraestruturas em Timor-Leste, qualidade, resiliência e sustentabilidade", organizado pelo CAFI.
Cerca de 21,21% do orçamento foi dedicado a investimentos na rede elétrica nacional, com "grande parte do investimento destinado à construção das duas centrais de abastecimento de eletricidade, de Hera e Betano, além da instalação da rede de eletrificação em quase todo o país".
José Reis explicou que cerca de 11% do orçamento executado pelo Fundo das Infraestruturas foi investido no Projeto Tasi Mane, na zona sul do país, com grande parte para a construção de 30 quilómetros da autoestrada que liga a Suai a Zumalai.
O Porto da Baía de Tibar absorveu a quase totalidade dos 4,47% destinados à construção de portos, cerca de 2,4% a aeroportos, 1,27% a edifícios Públicos 1.27% e 1,34% à agricultura.
Recorde-se que o Fundo de Infraestruturas nasceu em 2011 para gerir o financiamento de projetos estratégicos plurianuais, tendo em 2016 sido transformado num fundo autónomo.
"A criação do Fundo de Infraestruturas respondeu a uma preocupação central dos governos antecessores, que se mantém até hoje, de tratamento especial do investimento em implementação de infraestruturas estratégicas para alavancar o processo de desenvolvimento de Timor-Leste", relembrou.
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