Os preços dos bens alimentares voltaram a desacelerar na última semana, de acordo com uma monitorização de preços da DECO Proteste. Estes dados confirmam a tendência que a subida dos preços está a perder impulso, o que são boas notícias para quem vai às compras.
"O preço do cabaz alimentar monitorizado pela DECO Proteste há mais de um ano custa esta semana 226,42 euros. A queda face à semana anterior é de apenas 56 cêntimos (menos 0,25%), mas confirma uma tendência: o preço dos bens alimentares já não está a subir de forma tão acelerada como no início de 2023", explica a organização de defesa do consumidor.
A 15 de março, o cabaz alimentar de 63 bens essenciais acompanhado pela DECO Proteste "atingiu o preço mais elevado desde 5 de janeiro de 2022, quando teve início a monitorização: 234,84 euros".
Contudo, desde essa data "tem vindo a abrandar e a estabilizar", sendo que a "29 de março desceu para 225,99 euros", depois, a 5 de abril registou uma ligeira subida de 99 cêntimos para 226,98 euros e esta semana "voltou a recuar ligeiramente".
"Apesar de os preços estarem agora a dar sinais de abrandamento, entre 23 de fevereiro de 2022, véspera do início da guerra na Ucrânia, e 12 de abril de 2023, o preço do cabaz alimentar aumentou 42,79 euros (mais 23,30%). Já entre 13 de abril de 2022 e 12 de abril deste ano, a subida foi de 24,74 euros (mais 12,27%)", pode ainda ler-se.
Mercearias e laticínios destacam-se
Segundo a análise, mercearias e laticínios são as categorias de produto cujo preço mais aumentou desde 23 de fevereiro de 2022, sendo que um cesto com 24 mercearias - como feijão ou grão cozido, esparguete, arroz ou azeite - pode agora representar uma despesa de 54,49 euros.
"Já comprar uma cesta com queijo curado fatiado, queijo flamengo fatiado, leite meio-gordo, manteiga com sal, iogurtes de aroma (pack de oito), iogurtes líquidos (pack de quatro) e ovos pode custar, em média, 14,49 euros", explica a DECO Proteste.
Na última semana, entre 5 e 12 de abril, os três produtos com maiores aumentos percentuais foram o iogurte líquido (mais 18%), o carapau (mais 18%) e o peixe-espada-preto (mais 16%).
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