O ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, admitiu, esta terça-feira que serão necessárias mais medidas de contingência, nos próximos meses, caso a situação de seca se agrave.
"Temos plena noção e com informações como a que hoje tivemos do IPMA que em algumas zonas do país onde não temos capacidade de abastecimento que nos permita estar muito tempo sem que chova provavelmente poderá implicar durante os próximos meses ter que tomar mais medidas do ponto de vista de contingência", disse o ministro do Ambiente, em declarações aos jornalistas e transmitidas pela CNN Portugal.
Contudo, o ministro do Ambiente sublinhou que "o país não se limita a tomar medidas de contingência" e aponta para um "conjunto de investimentos em curso".
A Federação das Associações de Agricultores do Baixo Alentejo (FAABA) alertou, na semana passada, o Governo para uma situação de seca "ainda mais grave" provocada pelas temperaturas altas e escassez de chuva na região e propôs medidas para o setor.
Os alertas e propostas constam de uma carta aberta, divulgada hoje pela FAABA, assinada pelo presidente desta federação de associações de agricultores, Rui Garrido, e dirigida à ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes.
Na missiva, a FAABA, com sede em Beja, admitiu que a chuva no inverno fez "antever um bom ano agrícola", mas avisou que "as temperaturas anormalmente altas e a escassez de chuva dos últimos meses, a somar aos danos provocados pela seca de 2022, estão a gerar uma situação de seca ainda mais grave".
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