Segundo meios de comunicação social estatais, o país comunista do Sudeste Asiático, um dos maiores exportadores mundiais de têxteis, calçado e mobiliário, está a sofrer com a crise do custo de vida que afeta os seus clientes ocidentais, que estão a consumir menos do que antes.
Cerca de 6.000 empregados permanentes da PouYuen Vietnam, propriedade do tailandês Pou Chen, vão perder o emprego a partir do final do próximo mês, informou a empresa às autoridades, segundo o VNExpress.
"Este será o maior despedimento desde que a PouYuen iniciou as suas atividades na cidade de Ho Chi Minh em 1996", referiu a imprensa estatal.
A PouYuen é o maior empregador da cidade de Ho Chi Minh, a capital económica do sul do país, com cerca de 50.000 empregados.
Em fevereiro, a empresa já despediu cerca de 3.000 trabalhadores efetivos e outros 3.000 trabalhadores temporários não viram os seus contratos renovados.
No final do ano passado, a PouYuen obrigou 20.000 trabalhadores a uma licença forçada, numa base rotativa, para partilhar o pouco trabalho que restava.
No primeiro trimestre de 2023, um terço dos locais de produção da cidade de Ho Chi Minh registou uma diminuição da mão-de-obra, de acordo com um inquérito municipal.
O abrandamento afetou principalmente as indústrias do calçado, do vestuário, da construção e da transformação de alimentos, segundo as autoridades.
Mais de 630.000 pessoas perderam o emprego ou viram o seu horário de trabalho reduzido em 2022, de acordo com o Ministério do Trabalho do Vietname.
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