A análise setorial hoje divulgada pela Informa D&B conclui que a fabricação de rolhas foi a atividade com melhor desempenho, ao faturar 1.095 milhões de euros, o que representa um crescimento próximo dos 20%.
No que se refere às vendas para o exterior, as rolhas de cortiça natural cilíndricas destacaram-se como o principal produto exportado, representando cerca de 37% do valor total.
No ano passado, a França manteve-se como o principal mercado externo para as empresas do setor português da cortiça, com um peso de cerca de 20% nas exportações totais, surgindo também a Espanha e a Itália entre os destinos comunitários mais relevantes, com quotas de 16% e 11%, respetivamente.
Já as importações do setor somaram 254 milhões de euros em 2022, mais 29,6% do que no ano anterior.
A análise da Informa D&B confirma ainda que o número de empresas da indústria da cortiça manteve a queda iniciada em 2015, apontando os dados disponíveis para a existência de um total de 816 empresas em 2020, que empregavam 8.343 trabalhadores (numa média de 10 funcionários por empresa).
Do total de empresas, cerca de 30% dedicam-se à preparação da cortiça, enquanto os fabricantes de rolhas representam cerca de 60% do total e 12% fabricam outro tipo de produtos.
Quanto à distribuição geográfica das empresas, verifica-se uma grande concentração na zona norte de Portugal, onde estavam sediadas 84% das empresas em 2020.
Leia Também: Incêndio deflagra em fábrica de cortiça em Santa Maria da Feira