Na quinta-feira, o FMI aprovou a segunda revisão ao ECF para Moçambique, garantindo um desembolso de 60,6 milhões de dólares (55,3 milhões de euros), e reviu o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 5 para 7%.
Comentando à Lusa a decisão da instituição internacional, a diretora nacional de Economia e Desenvolvimento no Ministério da Economia e Finanças de Moçambique, Enilde Sarmento, assinalou que a medida "significa que a economia do país está num bom caminho".
"Significa que o FMI olha com bons olhos o programa do Governo, as medidas e as reformas que o Governo tem estado a implementar para alcançar o desenvolvimento último de crescimento económico inclusivo e estabilidade macroeconómica", enfatizou Sarmento.
A decisão, prosseguiu, é também um bom sinal para os mercados financeiros internacionais e para os investidores encararem Moçambique com otimismo.
No anúncio, o FMI refere que "à luz dos resultados programáticos mistos, as autoridades [moçambicanas] tomaram medidas substanciais para enfrentar com determinação os desafios macroeconómicos e manter o programa no bom caminho, nomeadamente no que diz respeito à redução da massa salarial e ao alinhamento das perspetivas orçamentais com os objetivos do programa".
Na nota que acompanha o anúncio da aprovação da segunda revisão do programa aprovado em maio de 2022, e que eleva o valor total já recebido por Moçambique para 212,09 milhões de dólares (194 milhões de euros), num total de 456 milhões de dólares (418 milhões de euros), o FMI diz que permitiu a não observação de dois critérios: o saldo orçamental primário no final do ano passado e a acumulação de dívidas externas por parte do setor público.
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