A Walt Disney criou uma 'task-force' para explorar a inteligência artificial (IA) e como aplicá-la de forma a cortar despesas.
Segundo avança a Reuters, que cita três fontes, o grupo de trabalho, lançado no início do ano, procura desenvolver aplicações de IA internas e formar parcerias com startups. De notar que a medida avança numa altura em que argumentistas e atores de Hollywood espoletaram uma forte luta para, entre outros objetivos, limitarem a exploração da tecnologia na indústria.
Este interesse, nota a agência, fica provado nas 11 vagas de emprego abertas pela Disney, nas quais procura candidatos com experiência em inteligência artificial, para diversos postos, desde os estúdios Walt Disney, à televisão, aos parques temáticos, à publicidade ou ao grupo de engenharia da empresa.
A IA pode ajudar a controlar os custos de produção de filmes e televisão, mas também a melhorar o negócio nos parques da marca, ao melhorar o apoio ao cliente ou criar novas interações, por exemplo.
Note-se que Hollywood tem lutado para melhorar as condições de remuneração dos atores, devido à ascensão do ecossistema de 'streaming', mas também contra o desenvolvimento da Inteligência Artificial, que passou a representar "uma ameaça existencial para as profissões criativas", tal como defendeu a atriz Fran Drescher, presidente do Sindicato dos Atores dos Estados Unidos (SAG-AFTRA), atualmente em greve.
A Reuters destaca que a Disney tem sido meticulosa na forma como aborda, publicamente, a IA. Os supervisores de efeitos visuais que trabalharam no último filme de 'Indiana Jones' sublinharam o trabalho de mais de 100 artistas, durante três anos, para "desenvelhecer" Harrison Ford.
Interrogado sobre estas informações, um porta-voz da Disney não quis prestar declarações.
Leia Também: 'A Pequena Sereia' já tem data para chegar à Disney+