A inflação voltou a acelerar em comparação com o período homólogo, pelo 13.º mês consecutivo, e continua acima da meta de 2% fixada no início de 2022 pelo banco central do Japão.
O aumento registado no sétimo mês do ano segue-se a subidas homólogas de 3,3% em junho e de 3,2% em maio.
O índice, que exclui os produtos frescos devido à sua alta volatilidade, subiu em julho sobretudo devido aos alimentos, cujos preços aumentaram 9,2% em termos anuais, destacando-se a alta de 17,3% em alimentos básicos como ovos ou leite.
Os preços do vestuário e calçado aumentaram 3,9% em julho, os das atividades relacionadas com a cultura e lazer subiram 4,8% e os das telecomunicações 4,8%.
Os custos de energia no Japão caíram 8,7% em relação ao mesmo período do ano anterior, devido principalmente a uma descida de 16,6% no preço da eletricidade, enquanto o preço do gás caiu 5,3%.
A inflação japonesa tem apresentado sinais de resistência, uma vez que as empresas estão a adiar a repercussão do aumento dos custos nos preços de venda.
No final de junho, o Banco do Japão prometeu continuar a aplicar "pacientemente" uma política de estímulo à economia, respondendo ao mesmo tempo à evolução económica e à evolução dos preços, para estabilizar a inflação em torno de 2%.
Ainda assim, o regulador permitiu que os juros das obrigações do Estado a 10 anos possam subir até 1%, numa decisão que poderá antecipar futuros aumentos das taxas de juro de referência.
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