O índice de preços dos alimentos calculado pela FAO, que acompanha a variação dos preços internacionais de um cabaz de produtos básicos, caiu 15,4% ao longo do ano para os cereais, "refletindo mercados globais bem abastecidos", em contraste com a subida dos preços verificada em 2022 devido à guerra na Ucrânia.
Esta descida é notória nos cereais, sobretudo trigo e milho, enquanto o índice de preços do arroz subiu 21%, em grande parte devido às preocupações com o potencial impacto do fenómeno meteorológico El Niño na produção mundial e às restrições à exportação impostas pela Índia.
A maior queda nos preços é registada nos óleos vegetais, que caíram 32,7% em 2023 em comparação com 2022.
O açúcar foi o único produto que escapou à queda anual geral, com um aumento de 26,7%. Contudo, no mês de dezembro, o índice baixou 16,6% em relação a novembro, atingindo o "nível mais baixo dos últimos nove meses".
A descida dos preços do açúcar deve-se "principalmente ao ritmo sustentado da produção no Brasil, bem como à redução da utilização da cana-de-açúcar para a produção de etanol na Índia", sublinha a organização das Nações Unidas.
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