Eskom sul-africana anuncia nova gestão de transporte de energia elétrica

A estatal sul-africana de eletricidade Eskom anunciou hoje o conselho de administração de uma nova empresa que será responsável pelo transporte de energia elétrica no país.

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Lusa
09/01/2024 19:52 ‧ 09/01/2024 por Lusa

Economia

Eskom

Em comunicado, a concessionária referiu que a Companhia Nacional de Transmissão da África do Sul (NTCSA, na sigla em inglês) é a primeira a ser constituída em resultado do desmantelamento da Eskom em três entidades, nomeadamente geração, distribuição e transporte.

Em 2019, o Presidente Cyril Ramaphosa anunciou o desmantelamento da Eskom nas três entidades estatais.

A atual responsável pelos negócios de energia da petrolífera sul-africana Sasol, Priscillah Mabelane, foi nomeada para liderar o conselho de administração da NTCSA, que integra um total de 12 diretores não-executivos, anunciou, em comunicado, a estatal elétrica sul-africana.

Mabelane é atualmente responsável pela implementação da "visão da Sasol para liderar a Transição Energética Justa na África Austral e desbloquear o potencial da África do Sul para ser um interveniente global em hidrogénio verde e derivados", indicou a Eskom, acrescentando que, na Sasol, a executiva "é responsável pelas atividades de gás 'upstream' e 'downstream', bem como pela distribuição, marketing e venda de combustíveis líquidos na África Austral".

A nomeação do conselho de administração da NTCSA coloca a concessionária de energia "a um passo mais próximo de desbloquear o potencial da transformação planeada da indústria da eletricidade", salientou a empresa pública Eskom.

A África do Sul enfrenta uma crise energética sem precedentes depois de a empresa estatal de distribuição de eletricidade Eskom ter reduzido drasticamente a sua capacidade devido a várias razões, incluindo as suas centrais, obsoletas e que laboram ainda a carvão.

A situação precária da empresa pública responsável por 90% da produção nacional obriga há anos a maioria dos cidadãos e empresas do país a sofrerem, em média, cerca de três apagões diários programados de cerca de duas horas e meia cada.

Desde a sua eleição, em 2018, o Presidente da República, Cyril Ramaphosa, que é também presidente do Congresso Nacional Africano (ANC, partido no poder desde 1994), não deixou de prometer o fim da crise energética, bem como uma mudança radical na estrutura da Eskom para reverter a situação desta gigantesca empresa (que tem mais de um século de experiência e foi uma das maiores empresas de eletricidade do mundo).

Leia Também: Emissões de gases na produção de energia caem para níveis recorde em 2023

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