"O consumo, em todo o mundo e não apenas na zona euro, continua a ser uma força importante para o crescimento, mas os ventos favoráveis de que beneficiámos estão a desaparecer gradualmente", afirmou Christine Lagarde, durante um debate sobre a economia mundial no encerramento da reunião do Fórum Económico Mundial.
Lagarde considerou também que o mercado laboral "permanece tenso, mas menos do que antes" e que "o excedente de poupança que existia em quase todas as economias avançadas está a diminuir" seguindo perto de "quase zero".
"Se combinarmos estes dois fatores, menos rigidez no emprego e menos poupança, é evidente que o consumo já não é uma força tão poderosa como era", observou.
Christine Lagarde agradeceu a sua inclusão no painel de encerramento do Fórum de Davos, mas salientou que não podia falar das coisas a que dedica 100% do seu tempo.
"Temos reunião de política monetária na quarta e na quinta-feira e durante a semana anterior não posso falar do que faço", justificou, em alusão às regras do BCE.
Sobre os desafios para a competitividade europeia que eventos como a possível vitória de Donald Trump nas presidenciais norte-americanas de novembro colocam, Lagarde defendeu que "a melhor defesa é o ataque", sublinhando a importância de contar com um mercado forte, "ter um verdadeiro mercado único".
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