"Estamos ainda a avaliar se é possível já construir soluções definitivas, e estamos apostados nisso, ou se faremos soluções, nesta altura, provisórias, para garantir que o início do serviço acontece em dezembro", disse hoje Carlos Fernandes na cerimónia de assinatura do protocolo para a reabertura da Linha de Leixões a passageiros, que decorreu hoje na estação de São Mamede de Infesta, em Matosinhos, que receberá o serviço.
"Acreditamos que será possível fazer já as soluções definitivas", assinalou o responsável da IP, que partilhará os cerca de três milhões de euros de custos da reabertura com a CP - Comboios de Portugal e a Câmara de Matosinhos.
A Linha de Leixões vai reabrir a passageiros a partir de dezembro, estando numa primeira fase previstos até dois comboios por hora que servirão as paragens de Campanhã, Contumil, São Gemil, Hospital São João (novo apeadeiro), São Mamede de Infesta, Arroteia (novo apeadeiro junto à Efacec) e Leça do Balio, partindo de Ovar ou de Campanhã.
Numa segunda fase, o serviço poderá ser estendido a Leixões/Senhor de Matosinhos, com paragem em Guifões e Araújo/Custió.
O presidente da CP, Pedro Moreira, disse acreditar que o serviço, mesmo que reativado apenas numa primeira fase, "irá permitir condições de sustentabilidade da circulação", já que as novas paragens irão "justificar a sua manutenção" por via da procura do serviço, criando condições para se passar à segunda fase, até ao Senhor de Matosinhos/Leixões, com mais frequências.
Pedro Moreira estimou que o novo serviço irá permitir "melhorar substancialmente as condições de mobilidade das pessoas que vivem na região, mas também daqueles que cá trabalham e cá estudam", já que a linha servirá o polo universitário da Asprela no apeadeiro do São João, ou polos industriais como a Arroteia (próximo à Efacec) ou em Leça do Balio (próximo à Lionesa e Unicer).
"Estamos convictos de que é um primeiro passo, que depois vai justificar outros que queremos dar de seguida, e estamos convictos de que vai ser um sucesso", considerou.
Pela Câmara de Matosinhos, a presidente da autarquia, Luísa Salgueiro, salientou que o dia de hoje era "há muito desejado", mas vincou que o objetivo é chegar à segunda fase da reabertura da linha, até ao Senhor de Matosinhos/Leixões, e aí criar uma grande área intermodal de transportes.
"Precisamos de criar uma área intermodal na própria estação 'terminus' de Leixões, que receberá não só o transporte rodoviário, mas também a linha de 'metrobus' que ligará ao aeroporto, na zona da Maia, nos Verdes, a Leça da Palmeira e a Matosinhos, exatamente na estação do Senhor de Matosinhos [de metro]", vincou Luísa Salgueiro.
Também presentes estiveram o presidente da Câmara da Maia, António Silva Tiago, que salientou a vontade "de que agora a coisa aconteça e não pare" e o presidente da Câmara de Gondomar, Marco Martins, que relembrou que a Linha de Leixões pode ajudar a descongestionar a Linha Amarela do Metro do Porto, já que quem venha pela Linha do Norte pode passar a usar o comboio para chegar diretamente ao Hospital São João, em vez de mudar em General Torres ou São Bento o metro.
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