O anúncio surge na sequência de dois dias de conversações entre a Secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, e o seu homólogo chinês, He Lifeng, em Guangzhou, sul da China.
"Estes intercâmbios facilitarão a discussão dos desequilíbrios macroeconómicos (...) e tenciono aproveitar esta oportunidade para defender condições equitativas para os trabalhadores e as empresas americanas", afirmou Yellen, citada no comunicado.
Janet Yellen, que iniciou na quinta-feira uma visita à China, advertiu ainda as empresas chinesas contra a prestação de ajuda à Rússia e à sua indústria de defesa na guerra na Ucrânia.
"As empresas, em particular as chinesas, não devem fornecer apoio material à guerra da Rússia contra a Ucrânia, à indústria de defesa russa", afirmou, alertando que quem o fizer sofrerá "consequências significativas", lê-se no comunicado do Tesouro norte-americano.
A visita de Yellen à China ocorre apenas oito meses após a anterior deslocação ao país, que ajudou a estabilizar uma relação conflituosa entre as duas maiores economias do mundo, nomeadamente através da criação de grupos de trabalho bilaterais dedicados a questões económicas e financeiras.
Washington está particularmente preocupado com o aumento das exportações chinesas a baixo custo em setores como veículos elétricos, baterias de iões de lítio e painéis solares, o que pode impedir a formação de uma indústria norte-americana nestas áreas.
No final de 2023, Janet Yellen garantiu que Washington vai continuar a exigir maior clareza na política económica chinesa, avisando que a China era "demasiado importante para construir o seu crescimento com base nas exportações".
Na quarta-feira, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Wenbin, disse que a China espera que a visita de Yellen sirva para "construir consensos" com os Estados Unidos e que Washington esteja "disposta a trabalhar com Pequim para chegar a um meio-termo".
A visita surge depois de o Presidente dos EUA, Joe Biden, e o seu homólogo chinês, Xi Jinping, terem falado na terça-feira, numa chamada telefónica que a Casa Branca descreveu como franca, mas na qual, segundo o Governo chinês, houve alguma fricção.
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