O reservatório foi descoberto numa área offshore ao largo da costa do nordeste do Brasil na qual a Petrobras detém a concessão para explorar individualmente com uma participação de 100%.
A empresa disse que esta é a sua segunda descoberta de acumulações de hidrocarbonetos na bacia Potiguar, tendo no início deste ano descoberto um reservatório noutro poço, noutra concessão, a cerca de 24 quilómetros de Anhangá.
O poço de Anhangá "está localizado perto da fronteira entre os estados do Ceará e do Rio Grande do Norte, a cerca de 190 quilómetros da cidade de Fortaleza e a 250 quilómetros da cidade de Natal, numa área onde a profundidade da água atinge os 2.196 metros na Margem Equatorial Brasileira", indicou a empresa em comunicado.
A Margem Equatorial é um amplo horizonte de exploração no Oceano Atlântico, ao largo da costa norte do Brasil, onde a Petrobras estima que existam enormes reservas de hidrocarbonetos, dadas as enormes descobertas efetuadas na mesma região pela Guiana e Suriname.
Mas a zona considerada mais promissora é a região norte da Margem Equatorial, ao largo da foz do rio Amazonas, cuja eventual exploração gera uma grande polémica no Brasil devido à sua vulnerabilidade ambiental e social.
A Petrobras estima que a exploração ao largo da foz do Amazonas possa render 14 mil milhões de barris de petróleo e afirma que o poço mais próximo da foz do rio está a cerca de 500 quilómetros de distância, a uma profundidade de 2880 metros.
O volume de reservas previsto nessa região é sete vezes maior do que o estimado na bacia potiguar.
O plano quinquenal da Petrobras prevê investimentos de 6,9 mil milhões de euros em exploração, dos quais cerca de metade na Margem Equatorial, onde a empresa pretende perfurar pelo menos 16 poços até 2028.
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