Nestes dois leilões, o montante colocado corresponde ao limite mínimo do montante indicativo e a taxa de juro média desceu a seis meses e subiu a 12 meses face aos anteriores leilões comparáveis, realizados em 20 de março.
Segundo a página do IGCP - Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública na agência Bloomberg, no prazo de seis meses, foram colocados 500 milhões de euros à taxa de juro média de 3,631%, inferior à taxa verificada no último leilão comparável, em 20 de março (3,736%) e a procura atingiu 1.302 milhões de euros, 2,6 vezes o montante colocado.
A 12 meses, Portugal colocou hoje 750 milhões de euros à taxa média de 3,451%, superior à registada no anterior leilão de BT com esta maturidade realizado também em 20 de março (3,443%). A procura totalizou 1.868 milhões de euros, 2,49 vezes o montante colocado.
Para hoje, o IGCP tinha anunciado a realização de dois leilões de Bilhetes do Tesouro (BT) com vencimento em 22 de novembro de 2024 (seis meses) e em 16 de maio de 2025 (12 meses) e com um montante indicativo entre 1.250 e 1.500 milhões de euros.
Comentando a recompra de hoje, o diretor de Investimentos do Banco Carregosa, Filipe Silva, afirma que "as taxas de juro de curto prazo continuam a apresentar prémios de risco superiores ao longo prazo", considerando que "é quase certo que o Banco Central Europeu faça o seu primeiro corte de taxas de juro em junho, sendo que os prémios de risco da divida soberana e das empresas neste momento já têm esse corte descontado, pelo que não se esperam grandes variações nas taxas até à reunião".
"Os dados económicos têm vindo a mostrar algum abrandamento das pressões inflacionistas, e as decisões do Banco Central da zona euro continuarão a depender dos dados e serão avaliadas reunião a reunião", recordou.
Nos anteriores leilões comparáveis destas maturidades, em 20 de março, o IGCP colocou 1.500 milhões de euros, montante máximo indicativo, em BT a seis e a 12 meses a taxas de juros médias respetivamente de 3,736% e 3,443%, superiores às verificadas em janeiro.
No prazo de seis meses, foram colocados 500 milhões de euros à taxa de juro média de 3,736%, superior à taxa verificada no último leilão comparável, em 17 de janeiro (3,660%) e a procura atingiu 1.775 milhões de euros, 3,55 vezes o montante colocado.
[Notícia atualizada às 11h40]
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