Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice tecnológico Nasdaq avançou 1,10%, o alargado S&P500 progrediu 0,70% enquanto o seletivo Dow Jones Industrial Average conseguiu mesmo no limite fechar em terreno positivo, com uma variação de 0,01%.
Depois da baixa da véspera, a praça nova-iorquina conseguiu hoje uma recuperação convincente, sobressalto este encorajado pela aproximação de um fim de semana prolongado, uma vez que na segunda-feira é feriado, o designado Memorial Day, que homenageia militares mortos em combate, um período tradicionalmente positivo para o mercado acionista, recordou Quincy Krosby, da LPL Financial.
"Isso pode ter contribuído", admitiu Tom Cahill, da Ventura Wealth Management, acrescentando que "o outro aspeto positivo foi a Nvidia".
Wall Street ainda não se refez dos números estratosféricos divulgados na quarta-feira pelo desenvolvedor de semicondutores.
As famosas cartas gráficas da Nvidia, 'chips' com capacidade de tratamento fora da norma, tornaram-se indispensáveis ao desenvolvimento das grandes plataformas de IA dita generativa.
"Que isso seja ou não bem visto, a IA é agora um elemento importante da psicologia do meado", acentuou Tom Cahill.
Já a terceira capitalização mundial, a Nvidia, que hoje fechou em alta de 2,57%, persegue agora a Apple e a Microsoft.
Os concorrentes do grupo de Santa Clara, no Estado da Califórnia, também brilharam hoje, casos de Intel (+2,13%), Micron (+2,55%), AMD (+3,70%) e Qualcomm (+4,26%).
Do lado do Dow Jones, o balanço foi mais contido, pelos problemas em particular no setor da saúde, com a seguradora UnitedHealth a recuar 1,68% e o laboratório Merck a perder 1,22%.
Wall Street tinha começado o dia sem grandes pressões, mas algo preocupada pelo anúncio de uma subida mensal de 0,7%, em abril, das encomendas de bens duradouros, quando os economistas apontavam em uma contração de 0,8%.
Mesmo que este indicador tenha de ser relativizado com a sua revisão em baixa, para o mês de março, o valor descreve, como os indicadores de atividade PMI, uma economia dos EUA que persiste em se mostrar dinâmica.
Mas, a confortar esta esperança de degradação da conjuntura, o inquérito da Universidade do Michigan revelou que os consumidores só esperam uma inflação de 3,3%, no horizonte de um ano, contra 3,5% anteriores.
Para Tom Cahill, a emergência da IA deixa antever uma melhoria da produtividade e das economias de custo, o que pode contribuir para melhorar a inflação.
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