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BAD prevê Moçambique a crescer 5,2% este ano

O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) de Moçambique cresça 5,2% este ano, e igualmente em 2025, mas alerta para o abrandamento das reformas face às eleições de outubro.

BAD prevê Moçambique a crescer 5,2% este ano
Notícias ao Minuto

11:27 - 30/05/24 por Lusa

Economia BAD

O relatório do BAD sobre perspetivas económicas africanas para 2024, apresentado hoje em Nairobi, melhora a previsão de crescimento económico de Moçambique, face aos 5% em 2023 e 4,2% em 2022, prevendo ainda que a inflação recue para 5,0% este ano e 4,6% em 2025.

Acrescenta que o PIB real moçambicano será "impulsionado" até 2025 pelo setor extrativo, "especialmente pela produção de gás", apoiado "pelas indústrias extrativas e pela agricultura, do lado da oferta, e pelo consumo privado e pelos investimentos diretos estrangeiros, do lado da procura".

Moçambique tem as terceiras maiores reservas de gás natural em África, estimadas em 180 milhões de pés cúbicos.

O BAD prevê igualmente que o défice orçamental moçambicano aumente para 3,4% do PIB em 2024, antes de diminuir para 1,3% em 2025, "à medida que a consolidação orçamental e a melhoria da cobrança de receitas" se concretizem.

O relatório, apresentado durante os encontros anuais do BAD, que decorrem na capital do Quénia até sexta-feira, prevê que a inflação deverá cair para uma média de 4,8% entre 2024 e 2025 devido à "política monetária prudente" e que o défice da balança corrente de Moçambique cresça para 38,1% do PIB em 2024 e 43,0% em 2025, "à medida que as importações aumentam".

Alerta, por outro lado, que "os principais ventos contrários decorrem das alterações climáticas", mas também "de um abrandamento na implementação de reformas com as próximas eleições gerais em outubro de 2024", e "das contínuas perturbações na cadeia de abastecimento global devido à invasão da Ucrânia pela Rússia".

No documento anual, o BAD reconhece que Moçambique registou nos últimos 20 anos "uma transformação estrutural limitada da economia, com uma ligeira mudança da agricultura para os serviços".

Acrescenta que o financiamento da transformação estrutural em Moçambique "requer múltiplas medidas em diferentes prazos": "No curto prazo, o Governo precisa de reforçar a capacidade de gestão da dívida, a disciplina orçamental e a regulação do setor financeiro. A médio prazo, (...) acelerar a reestruturação da dívida no âmbito do Quadro Comum do G20, e os bancos multilaterais de desenvolvimento precisam de implementar instrumentos de mitigação de riscos para atrair investidores privados e fornecer assistência técnica para mobilizar o financiamento climático", lê-se.

A longo prazo é identificada a necessidade de "apoio internacional do setor privado para identificar e mitigar os principais riscos de investimento" em Moçambique.

O Grupo Banco Africano de Desenvolvimento é a principal instituição africana de financiamento do desenvolvimento e reúne-se em Nairobi até sexta-feira para debater "A Transformação de África, o Grupo Banco Africano de Desenvolvimento e a Reforma da Arquitetura Financeira Global", prevendo a presença de 3.000 participantes, entre políticos, governantes, economistas e especialistas de várias áreas, de todo o mundo.

Estes encontros incluem a 59.ª Reunião Anual do Conselho de Governadores do Banco Africano de Desenvolvimento e a 50.ª Reunião do Conselho de Governadores do Fundo Africano de Desenvolvimento, decorrendo no Centro Internacional de Conferências Kenyatta, em Nairobi.

O Grupo BAD conta com 81 Estados-membros, entre 53 países africanos e 28 países fora do continente, incluindo Portugal e Brasil.

Leia Também: BAD vê Angola a crescer 2,7% em 2024 apesar de perspetiva menos positiva

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