Em abril o IPC tinha aumentado 0,92% em termos anuais.
Num comunicado, a Direção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) de Macau justificou a aceleração com uma descida de 3% no custo dos transportes e de 0,9% nos preços da recreação e cultura.
Macau reabriu por completo as fronteiras em 08 de janeiro de 2023, após quase três anos de rigorosas restrições devido à política 'zero covid', que chegaram a incluir quarentenas até 28 dias no regresso ao território.
Com o fim das restrições, a região registou uma diminuição de 29,6% no preço dos bilhetes de avião e de 3,1% no custo das excursões e hotéis no exterior.
Além disso, os dados oficiais mostram uma queda de 15,6% no preço da carne de porco, a mais popular entre os consumidores chineses.
Ainda assim, Macau registou uma subida de 1,2% nos preços dos produtos alimentares e bebidas não alcoólicas, sobretudo devido a um aumento de 2,4% no custo das refeições adquiridas fora de casa.
Os gastos com gás natural e eletricidade subiram 4,9% e 1,5%, respetivamente, e o preço da gasolina e gasóleo para automóveis, aumentou 6,1%
Por outro lado, os gastos com os cuidados de saúde aumentaram 2,8%, o custo das propinas do ensino superior cresceu 8,5% e o preço dos apartamentos subiu 0,3%.
Isto depois da Assembleia Legislativa de Macau ter aprovado, em 18 de abril, o fim de vários impostos sobre a aquisição de habitações, para "aumentar a liquidez" no mercado imobiliário, defendeu na altura o secretário para a Economia e Finanças, Lei Wai Nong.
O IPC da China continental, de longe o maior parceiro comercial de Macau, subiu 0,3% em maio.
Foi o quarto mês consecutivo em que a China registou inflação em termos anuais, depois de, no final de 2023 e no início deste ano, ter registado uma tendência deflacionária, também durante quatro meses.
A deflação reflete debilidade no consumo doméstico e no investimento e é particularmente gravoso, já que uma queda no preço dos ativos, por norma contraídos com recurso a crédito, gera um desequilíbrio entre o valor dos empréstimos e as garantias bancárias.
Macau registou deflação durante 10 meses consecutivos, entre setembro de 2020 e junho de 2021, no pico da crise económica causada pela pandemia de covid-19.
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