Os resultados definitivos da sessão indicam que o seletivo Dow Jones Industrial Average subiu 0,41%, ao passo que o tecnológico Nasdaq valorizou 0,84%, para uns até agora desconhecidos 18.028,76 pontos, superando o máximo estabelecido na véspera, e o alargado S&P500 progrediu 0,62%, atingindo umas inéditas 5.509,01 unidades.
Os índices tinham começado de forma hesitante, até os investidores terem conhecido a intervenção de Powell, por ocasião do fórum anual do Banco Central Europeu, realizado na vila lisboeta.
Mesmo que de forma contida, Powell congratulou-se com o facto de a Fed "ter feito progressos" na questão da inflação.
"Conseguimos alguns progressos para conduzir a inflação para o nosso objetivo, ao mesmo tempo que o mercado de trabalho continuou sólido e o crescimento [da economia] se manteve. Queremos continuar neste sentido", disse.
Mas, avisou que a instituição continua a esperar "ter mais confiança" na trajetória da inflação "antes de começar a aliviar a política monetária".
Ao comentar Powell, Steve Sosnick, da Interactive Brokers, afirmou que o chefe da Fed "consegue sempre sossegar os investidores, mesmo quando diz qualquer coisa neutra".
Para este analista, se não houver algo inesperado, a tendência bolsista deve manter-se em alta até ao encerramento antecipado do mercado, na quarta-feira, causado pelo feriado nacional do 04 de julho.
"As coisas deverão ser interessantes na sexta-feira", antecipou Sosnick, aludindo à divulgação das minutas da última reunião da Fed sobre política monetária, esperada para depois do fecho do mercado na quarta-feira, mas sobretudo ao relatório sobre o emprego nos EUA, em junho, a ser conhecido na sexta-feira.
Entre os títulos, a Amazon registou hoje uma cotação recorde de 200 dólares por título, depois de valorizar 1,42%, enquanto, elo contrário, os papéis das farmacêuticas sofreram com as declarações do presidente Joe Biden, casos da Eli Lilly (-0,82%) e a Novo Nordisk (-1,67%).
Em artigo publicado no USA Today, Biden criticou "os preços impensavelmente elevados" dos medicamentos contra a diabetes e a obesidade destas empresas.
"Se os grupos farmacêuticos recusarem baixar de forma sensível os preços dos medicamentos receitados no nosso país e se recusarem acabar com a sua cupidez, nós trataremos disse", garantiu.
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