Dívida da FCT às instituições e de investigação ascende aos 98,7 milhões

As dívidas da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) a instituições de ensino superior e de investigação científica ascendiam, em junho, a 98,7 milhões de euros, revelou hoje o Ministério da Educação, Ciência e Inovação.

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Lusa
10/07/2024 18:42 ‧ 10/07/2024 por Lusa

Economia

FCT

O balanço consta de um documento apresentado pelo ministro Fernando Alexandre, que esteve hoje a ser ouvido pela comissão parlamentar de Educação e Ciência.

Durante a audição regimental, o ministro não chegou a apresentar os dados, que foram depois divulgados pelo Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI) e que mostram que, à data de junho de 2024, a FCT devia 98,7 milhões de euros.

A maior dívida é à Universidade do Porto, no valor de 8,8 milhões de euros, seguida da Universidade de Aveiro (8,7 milhões de euros), Universidade de Coimbra (8,4 milhões de euros), Universidade Nova de Lisboa (7,4 milhões de euros) e Universidade do Minho (4,9 milhões de euros).

Entre as 10 maiores dívidas, encontram-se ainda o IST-ID - Associação do Instituto Superior Técnico para a Investigação e Desenvolvimento, a Universidade de Évora, a REQUIMTE Rede de Química e Tecnologia, o i3S - Instituto de Investigação e Inovação em Saúde e o ISCTE -- Instituto Universitário de Lisboa, em valores entre os 4,9 milhões de euros e 2,2 milhões de euros.

Do valor total, a maior fatia (cerca de 43 milhões de euros) corresponde a dívidas com mais de seis meses. Há ainda 25,1 milhões de euros entre três e seis meses e 30,6 milhões de euros entre um e três meses.

Durante a audição, o ministro sublinhou, sem referir o tema das dívidas, que a FCT deve ser "muito mais previsível" e defendeu que o atual modo de funcionamento "não é aceitável, ideia que já tinha defendido na semana passada.

"A FCT tem de ser mais previsível na sua atividade que é fundamental para a ciência em Portugal. Tem de ser mais previsível nos prazos de abertura de concursos, na publicação de resultados. Tem de ser mais previsível no pagamento às instituições do sistema científico e tecnológico que veem muitas vezes a sua atividade prejudicada pelos atrasos", disse na altura Fernando Alexandre, que considerou inaceitáveis os atrasos nos pagamentos às instituições.

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