Segundo o Office for National Statistics (ONS) , o principal fator para a inflação homóloga foi o aumento dos preços das matérias-primas, já que os preços do álcool, do tabaco e da energia baixaram.
O economista-chefe do ONS, Grant Fitzner, afirmou que "a inflação subiu ligeiramente em julho, uma vez que, apesar de os custos domésticos da energia terem diminuído, caíram menos do que há um ano. Isto foi parcialmente compensado pelos custos de hotelaria, que caíram em julho após um forte crescimento em junho".
"O aumento do custo dos bens que saem das fábricas abrandou um pouco no ano até julho, impulsionado pela queda dos preços da gasolina. Entretanto, os preços das matérias-primas subiram pela primeira vez em mais de ano", sublinhou.
O responsável do Tesouro, Darren Jones, afirmou que o novo Governo trabalhista "não tem ilusões sobre a dimensão do desafio que herdaram (dos conservadores), com muitas famílias ainda a lutar para fazer face ao custo de vida".
"É por isso que estamos agora a tomar decisões difíceis para corrigir as bases da nossa economia, de modo a podermos reconstruir o Reino Unido", acrescentou.
Com o aumento dos preços em julho, a inflação está acima do objetivo de 2% fixado pelo Banco de Inglaterra.
Em outubro de 2022, os preços subiram para mais de 10% em resultado do aumento da energia devido à invasão da Ucrânia pela Rússia.
No início deste mês, o Banco de Inglaterra baixou as taxas de juro pela primeira vez em mais de quatro anos, de 5,25% para 5%, por considerar que a inflação tinha estabilizado.
O Comité de Política Monetária do Banco decidiu, por maioria de cinco votos contra quatro, reduzir a taxa, que se encontrava no nível mais elevado em 16 anos, depois de ter subido na sequência da pandemia.
O corte foi o primeiro aplicado pelo banco desde que baixou as taxas para um mínimo recorde de 0,10% em 19 de março de 2020 para lidar com o impacto da crise sanitária causada pela pandemia.
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