Em declarações à Lusa, a presidente do STAL, Cristina Torres, disse que, numa primeira análise ao documento, as preocupações gerais é que não veem no OE2025, "do ponto de vista dos salários, medidas que venham ao encontro da solução desse principal problema".
A responsável adiantou que o organismo ainda irá fazer uma "análise mais esmiuçada ao documento", até para se dar conta da medida anunciada de alteração legislativa à lei das funções públicas.
"Sabemos que está previsto um pedido de alteração legislativa, para alterar a lei das funções públicas em várias matérias", disse Cristina Torres, estranhando, contudo, que na primeira reunião que decorreu na semana passada, em véspera da entrega do OE, o governo não tenha falado sobre o assunto.
Para a sindicalista, o STAL continua a ter em cima da mesa a questão do Suplemento de Penosidade e Insalubridade e a sua atualização, bem como o alargar o seu âmbito a trabalhadores e matérias.
"Há ainda a questão dos subsídios de desgaste rápido, de trabalhar em dia de piquete. Vamos ver se encontramos algo que faça esse caminho", afiançou.
O Governo entregou na quinta-feira no parlamento a proposta de OE2025, que prevê que a economia cresça 1,8% em 2024 e 2,1% em 2025 e um excedente de 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano e de 0,3% no próximo.
A proposta ainda não tem assegurada a sua viabilização na generalidade e a votação está marcada para o próximo dia 31, no parlamento.
Se a proposta de Orçamento do Governo PSD/CDS for viabilizada na generalidade com a abstenção do PS ou, em alternativa, com os votos favoráveis do Chega, será então apreciada na especialidade no parlamento entre 22 e 29 de novembro. A votação final global do Orçamento está prevista para 29 de novembro.
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