Banco Mundial aumenta capacidade de empréstimos em 150 mil milhões

O Banco Mundial aprovou um novo pacote de medidas financeiras que podem aumentar a capacidade de financiamento desta instituição em 150 mil milhões de dólares nos próximos dez anos e reduzir o custo dos empréstimos.

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Lusa
21/10/2024 15:19 ‧ 21/10/2024 por Lusa

Economia

Banco Mundial

"As novas medidas financeiras do Grupo Banco Mundial vão permitir aumentar a capacidade de empréstimos e tornar os empréstimos do Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento mais acessíveis numa altura de enormes necessidades de desenvolvimento", lê-se num comunicado enviado à Lusa.

 

No texto, o Banco Mundial explica que, entre as várias medidas aprovadas que elevam para 150 mil milhões de dólares (138 mil milhões de euros) o total do acréscimo na capacidade de financiamento, está uma alteração no rácio de empréstimos face ao capital, que é reduzido de 19% para 18%, o que permite libertar 30 mil milhões de dólares (27,6 mil milhões de euros) em financiamento e, para além disso, foram também eliminadas algumas das taxas para os países poderem aceder mais facilmente aos empréstimos.

"Estamos a cobrar menos pelos empréstimos aos países mais pequenos que precisam mais da nossa ajuda", diz o Banco Mundial, acrescentando que, "em conjunto, estes passos vão tornar os empréstimos mais fáceis de obter e mais baratos de pagar".

Estas novas medidas, comentou o presidente do Banco Mundial, Ajay Banga, "vão aumentar a capacidade de empréstimo e garantir mudanças significativas na vida das pessoas".

Estas iniciativas fazem parte do mais recente pacote de alterações aprovado pelos acionistas do Banco Mundial, e juntam-se a outras que já foram aprovadas nos últimos meses, no âmbito da reforma global dos bancos multilaterais de financiamento com o objetivo de os tornar maiores, melhores e mais ousados ('bigger, better and bolder', na formulação em inglês), no seguimento das recomendações do grupo de peritos do G20.

Para além deste novo pacote de medidas agora anunciado, o Banco Mundial tinha já aprovado um conjunto de iniciativas desde o ano passado, entre as quais está o aumento do limite da garantia bilateral para 10 mil milhões de dólares (9,3 mil milhões de euros) e o ajustamento do rácio de empréstimos sobre o capital para garantir 40 mil milhões de dólares (37,5 mil milhões de euros) ao longo de dez anos, para além do desenvolvimento de empréstimos com maturidades de 50 anos sem custos adicionais para os mutuários, que podem ser utilizados para projetos que beneficiam vários países.

Estes compromissos foram possíveis, em parte, graças à plataforma de garantia da carteira, criada em abril deste ano pelo Banco Mundial, que tem por objetivo integrar sob uma única égide todos os processos de garantia de financiamento existentes no Grupo, incluindo a Associação Internacional de Desenvolvimento (IDA), a Corporação Financeira Internacional (IFC) e a Agência Multilateral de Garantia dos Investimentos (MIGA).

Leia Também: Acabar com pobreza vai demorar "mais de um século" ao ritmo atual

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