De acordo com a CP -- Comboios de Portugal, neste período foram suprimidos oito comboios urbanos de Lisboa, quatro comboios de longo curso e dois regionais.
Do total de 680 comboios programados, realizaram-se 666 e os 14 suprimidos correspondem a 2,1%, indicou a operadora.
Os revisores e trabalhadores das bilheteiras da CP iniciaram na quinta-feira uma greve que se prolonga até 03 de novembro, com a transportadora a antecipar perturbações na operação, sobretudo em 31 de outubro.
Numa nota publicada no seu 'site', a empresa informou que, "por motivo de greve convocada pelo sindicato SFRCI [Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante] entre os dias 24 de outubro [quinta-feira] e 03 de novembro", estão previstas perturbações na operação.
A operadora alertou para o impacto nos urbanos de Lisboa, com especial impacto nas linhas de Sintra, Azambuja e Sado.
A CP prevê, de 28 a 30 de outubro, também devido a greve parcial, perturbações nos serviços Regional/InterRegional, Urbanos de Coimbra e Urbanos do Porto.
Já em 31 de outubro, quando a paralisação será total, durante 24 horas, preveem-se perturbações no Alfa Pendular, Intercidades, Regional/InterRegional, Urbanos e Internacional Celta.
Segundo um acórdão dos serviços mínimos publicado na página do Conselho Económico e Social (CES) na Internet, em 31 de outubro, com "exceção dos comboios de longo curso, circularão a totalidade das composições nas linhas urbanas de Lisboa e Porto, regionais e inter-regionais, entre as 06h00 e as 07h30 e entre as 18h30 e as 20h00, nos exatos termos previstos antes da apresentação do pré-aviso".
No resto do período de greve, de paralisação parcial, o tribunal decretou apenas serviços mínimos necessários à segurança, manutenção, serviços de emergência e outros semelhantes.
"Nos restantes dias poderão ocorrer perturbações pontuais", nomeadamente nos serviços Urbanos de Lisboa e Intercidades entre o Algarve e Lisboa, disse ainda a CP.
Segundo fonte do SFRCI, que representa os trabalhadores das bilheteiras e revisores da CP, estas greves são motivadas por aquilo que diz ser o "incumprimento do acordo" assinado em julho do ano passado com a operadora.
O protesto "tem a ver com a remuneração", sendo que, segundo o sindicato, o acordo prevê passar um "prémio de subsídio de transporte e disponibilidade para o salário base", algo que traria vantagens aos trabalhadores. O sindicato quer um maior equilíbrio face às remunerações dos maquinistas.
Leia Também: Greve na CP suprimiu 11 comboios até às 12h00 sobretudo em Lisboa