Segurança leva empresário a investir na remodelação de casas em Portugal

O empresário brasileiro Breno Arruda emigrou em 2023 para Portugal para criar os filhos em segurança e empreender com estabilidade, e, um ano depois, com um sócio português, tem um 'franchise' para remodelar casas de portugueses.

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Lusa
15/12/2024 08:24 ‧ há 3 horas por Lusa

Economia

Breno Arruda

Quando chegou a Lisboa com a família, a mulher e dois filhos pequenos, em julho de 2023, não trazia nenhum projeto para executar, "só sabia que queria empreender", disse, em declarações à Lusa, acrescentando que ser empresário é uma forma de "crescer em Portugal".

 

Olhando para "a faixa salarial em Portugal, os impostos são muito pesados, para quem trabalha por conta de outrem", considerou.

Como para todos os emigrantes, para ele também não foi fácil decidir emigrar, com 52 anos, confessou. Mas o facto de ter filhos e querer vê-los crescer em segurança falou mais alto na opção final, pelos problemas de insegurança no Brasil.

O outro fator que pesou na opção foi o Brasil "ser um país muito instável" para quem é empreendedor, considerou. Durante os 25 anos como concessionário de marcas de automóveis no mercado brasileiro, disse que viveu "muitos altos e baixos" e a "ideia era mudar para um país de moeda de forte".

A escolha acabou para ir para Portugal pela "facilidade da língua" e pela "cultura bem mais parecida" com a brasileira. Isto, depois de, Breno ter vendido, no início de 2022, as suas operações de concessionário no Brasil, e passar com a familia umas férias prolongadas em Portugal, para "testar" a vida aqui.

Antes de emigrar, o empresário passou umas férias prolongadas para testar o modo de vida. Nesse período, o empresário viu que "tinha bastante oportunidade de empreender, em várias áreas".

A decisão pelas remodelações de casas teve a ver com a oportunidade que representa hoje.

Com três franqueados neste momento, em Oeiras, Coimbra e Lisboa, Breno Arruda referiu que a "expectativa é encerrar 2025 com 30 franqueados", altura em que a faturação deverá "chegar a 10 milhões de euros".

Além disso, a marca vai inaugurar, em janeiro, a primeira loja, de um plano de cem para abrir ao longo dos próximos cinco anos, num centro comercial, em Lisboa.

"Esta empresa, a gente até brinca que ela está dobrando de tamanho a cada 15 dias", referiu.

Por agora, a empresa tem apenas 12 colaboradores, mas "irá crescer para 20 ou 25 até (..) fevereiro do ano que vem", adiantou o empresário.

A YPO - Young Presidents Organization (YPO) organização global de líderes, da qual o agora imigrante brasileiro em Portugal já faz parte há alguns anos, teve um papel determinante na rapidez com que conseguiu tornar-se empresário no mercado português.

Através daquela "rede" conheceu a oportunidade de negócio e também o sócio português, Paulo Neto Leite, que integra a mesma organização, tendo os dois empresários investido um milhão de euros no projeto.

Antes de entrarem no mercado fizeram um estudo "bastante completo", que abrangeu as regiões metropolitanas de Lisboa e Porto, para obterem o alcance do negócio das remodelações.

Hoje, o empresário brasileiro considera que neste recomeço de vida foi importante encontrar "o parceiro certo", um sócio português.

"Acho importante para quem está chegando de fora e vai empreender num país, em que parece que falamos a mesma língua, mas não é verdade, porque tem diferenças culturais que (...) só um português vai entender", e isso "faz a diferença", realçou.

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