Em comunicado, a companhia aérea atribuiu o aumento dos lucros à recuperação do tráfego de passageiros, que cresceu 9%, em termos homólogos, para 44,9 milhões, enquanto a taxa de ocupação, que mede o número de lugares ocupados em cada voo, se manteve nos 92%.
A Ryanair destacou ainda que obteve receitas de 2,96 mil milhões de euros, no terceiro trimestre do ano fiscal, mais 10% do que entre outubro e dezembro de 2023.
O presidente executivo da transportadora aérea, Michael O'Leary, referiu, na mesma nota, que as tarifas aéreas médias aumentaram 1%, enquanto a companhia conseguiu fechar o ano com uma elevada procura de bilhetes no período de Natal e Ano Novo.
As receitas auxiliares, que incluem bebidas a bordo e extras como bagagem de porão, que representam cerca de 25% da receita total, também impulsionaram o crescimento da Ryanair com um aumento de 10%, para 1,04 mil milhões de euros.
"Os custos operacionais aumentaram 8% para 2,93 mil milhões de euros, uma vez que as poupanças com a cobertura de combustível compensaram os custos com pessoal e outros custos (parcialmente) relacionados com atrasos nas entregas da Boeing", explicou o responsável.
Neste contexto, O'Leary disse esperar que a Ryanair transporte quase 200 milhões de passageiros durante o presente ano fiscal, mais 9% do que no ano anterior, um crescimento que depende de "não haver mais notícias adversas" sobre atrasos nas encomendas da fabricante norte-americana de aeronaves.
O presidente executivo alertou, no entanto, que o quarto trimestre fiscal (janeiro a março) não será beneficiado pelo calendário que coincide com o período de férias da Páscoa, o que dificulta a previsão do período seguinte e do resto do ano.
Segundo O'Leary, a companhia aérea espera obter lucros entre 1,55 e 1,61 mil milhões de euros no ano completo, abaixo das previsões feitas em novembro.
"O resultado final dos lucros para o ano fiscal de 2025 continua sujeito à nossa prevenção de eventos externos adversos entre agora e o final de março, incluindo o risco de conflito na Ucrânia e no Médio Oriente, novos atrasos nas entregas da Boeing e má gestão do controlo do tráfego aéreo/escassez de pessoal na Europa", acrescentou o executivo.
Leia Também: Ryanair oferece descontos nas próximas horas (há viagens a 14,99 euros)