A expetativa do barómetro da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) e do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) "é fundamentada na evolução favorável da atividade económica registada em novembro, nomeadamente nos setores do comércio a retalho e serviços, no seguimento de alguns sinais já observados em outubro".
Quanto a dezembro, "os dados já disponíveis perspetivam a manutenção da tendência de crescimento homólogo suportada pela evolução muito positiva nos indicadores da construção".
No sentido oposto, em novembro, a indústria interrompeu o crescimento que registava desde setembro, com descidas homólogas na produção de todos os agrupamentos industriais.
Para o diretor-geral da CIP, Rafael Alves Rocha, estes dados "dão consistência à anterior previsão do Barómetro de Conjuntura Económica CIP/ ISEG de um crescimento da economia portuguesa, no conjunto de 2024, entre 1,7% e 1,8%".
Mas o responsável alerta que há que ter atenção à interrupção da tendência de crescimento dos indicadores de confiança, salientando que os riscos externos de natureza económica, política e geopolítica "aconselham particular prudência nas previsões para o próximo ano e exigem mais determinação na política económica, sobretudo na remoção dos bloqueios que travam a competitividade e o crescimento das empresas".
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