Conselho Estratégico para digital "é absolutamente fundamental"

O presidente da CIP - Confederação Empresarial de Portugal afirmou hoje que o Conselho Estratégico para a economia digital "é absolutamente fundamental" e que a inteligência artificial (IA) "é para fazer parte do negócio do dia-a-dia".

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Lusa
12/02/2025 18:37 ‧ há 4 horas por Lusa

Economia

presidente da CIP

Armindo Monteiro falava na CIP, no dia da apresentação e tomada de posse do Conselho Estratégico da CIP para a economia digital, o qual é presidido por Alexandre Fonseca.

 

Este Conselho Estratégico "é absolutamente fundamental", sublinhou, referindo que nos últimos tempos tem-se falado de taxas alfandegárias para os metais, mas que "a grande batalha que está a haver é, efetivamente, entre os grandes grupos de economia digital, os 'big five'", e "nenhum deles é europeu", prosseguiu.

Estas cinco 'grandes' são Alphabet, Amazon, Apple, Meta e Microsoft.

Isso "talvez explique um pouco a nossa debilidade na Europa o facto de não termos empresas de tecnologia destas", referiu.

"A criação nesta fase do conselho económico para a economia digital é precisamente para isso, é uma preocupação que a CIP tem de escolher os melhores e liderados pelo Alexandre Fonseca para precisamente podermos pôr na agenda tudo aquilo que hoje é de facto estar na economia, construir a economia", prosseguiu.

Até porque a economia já não são apenas os setores tradicionais e também não é a tecnologia para a tecnologia.

"É a tecnologia como locomotiva para esta transformação da economia que nós queremos", reforçou Armindo Monteiro.

Aliás, "há sempre uma comoção cada vez que se fala no salário mínimo, continuaremos a falar de salário mínimo se efetivamente não falarmos do digital, se não alterarmos este modelo, este paradigma da nossa economia, precisamos de uma economia bem mais sofisticada, coisa que Portugal não tem sido", lamentou.

"Portugal só é sofisticado em muitos casos porque está na Europa e geograficamente presente. Do ponto de vista do modelo económico, só agora estamos a aprender a introduzir a tecnologia e o que pretendemos com o Conselho Estratégico da economia digital é precisamente esta visão", apontou.

O presidente da CIP disse esperar que no final do mandato a economia portuguesa esteja "muito mais preparada para este embate".

A inteligência artificial "não é uma abstração intelectual, é para fazer parte do negócio do dia-a-dia, se conseguirmos introduzir isso então vamos naturalmente conseguir alterar o paradigma da nossa economia".

Atualmente, "estamos numa fase" que "vai ser bem mais impactante porque é muito mais transformacional" que antes.

"Se nós perderemos este tempo" que já não se mede em anos, mas em semanas, "podemos ficar irremediavelmente numa segunda ou terceira divisão económica e temos que ter esta consciência", referiu, afastando qualquer tipo de alarmismo.

"Já perdemos a revolução industrial, já perdemos outros pontos em que podíamos ter outro desempenho (...), valeremos aquilo que formos capazes de fazer, para isso precisamos muito da iniciativa privada, muito das empresas, mas precisamos que o Estado não seja um opositor, precisamos que o Estado seja um propulsor", defendeu.

Também "é nesse sentido que os trabalhos que vão ser desenvolvidos neste conselho de economia digital vão ter como 'output' propostas concretas que coordenadas a nível de direção da CIP serão naturalmente apresentadas ao Governo para que tenham uma ação prática", concluiu Armindo Monteiro.

Leia Também: Patrões admitem mudar reforma antecipada. Sindicatos contra privatizar

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