Ao mesmo tempo, antecipa-se "um ligeiro aumento" da procura de crédito, tanto para as empresas como para os particulares, em linha com a tendência verificada no final de 2024.
Os prognósticos foram feitos na resposta ao inquérito do último trimestre de 2024, em que "a proporção de pedidos de empréstimos rejeitados pelos bancos diminuiu ligeiramente, tanto para as empresas como para os particulares".
A concessão de crédito pelo sistema financeiro mereceu algumas notas no mais recente relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre Cabo Verde.
O documento divulgado há uma semana, assinalou que o crédito mal-parado aumentou para 11% do total de empréstimos no terceiro trimestre de 2024, face aos 8,3% do primeiro trimestre, "em grande parte devido a empresas estatais deficitárias".
O FMI recomendou que o Banco de Cabo Verde (BCV) utilize "ferramentas de supervisão e medidas macroprudenciais para combater o crédito mal-parado, como primeira linha de defesa".
O relatório do FMI foi o mais recente a abordar alertas que também já foram feitos pelo banco central.
Em outubro de 2024, o BCV indicou que "o reforço da situação patrimonial, financeira e prudencial do setor bancário tem contribuído para a manutenção da estabilidade do sistema financeiro", mas houve uma "deterioração da qualidade da carteira de crédito, com o rácio de 'Non Performing Loans (NPL, sigla inglesa para crédito mal-parado) a alcançar os dois dígitos".
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