O índice HCOB Composite PMI (Purchasing Managers' Index) da atividade total da zona euro, compilado pela S&P Global e hoje publicado, situou-se em 50,2 pontos, o mesmo valor de janeiro, 0,6 pontos acima do valor de dezembro e acima do nível de 50 pontos que separa o crescimento da contração por apenas duas décimas de ponto.
Concretamente, em fevereiro, o PMI dos serviços da zona euro situou-se em 50,7 pontos, contra 51,3 em janeiro, enquanto o PMI da indústria transformadora se situou em 47,3 pontos, contra 46,6 no início de 2025, o que continua a indicar uma queda da atividade, mas ao ritmo mais lento dos últimos nove meses.
Apesar de manter o ritmo global de expansão do mês anterior, as novas encomendas continuaram a diminuir em fevereiro e as empresas reduziram novamente os níveis de pessoal em resposta à fraca procura, enquanto a confiança também diminuiu para um mínimo de três meses.
Na frente dos preços, o ritmo da inflação dos custos dos meios de produção acelerou em fevereiro, registando o aumento mais forte desde abril de 2023, enquanto os preços cobrados também aceleraram o aumento, atingindo máximos de dez meses.
"A apenas duas semanas da reunião do Banco Central Europeu, os preços estão a enviar más notícias", alertou Cyrus de la Rubia, economista-chefe do Hamburg Commercial Bank, acrescentando que o setor dos serviços também está a mostrar novos sinais de fraqueza.
"Há esperança de que, após as eleições do próximo domingo na Alemanha, haja um Governo alemão capaz de atuar, o que também deverá dar um impulso positivo à zona euro no seu conjunto. No entanto, esta potencial melhoria é contrabalançada por uma situação relativamente instável em França e por uma política aduaneira dos EUA que está a semear uma incerteza generalizada", resumiu.
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