O relatório, hoje apresentado no certame tecnológico Techarena, em Estocolmo, Suécia, avalia a implementação dos oito padrões para as 'startups' em países e concluiu uma taxa média de 24 países, a nível europeu, de 61%, num avanço face a 54% um ano antes.
A nível geral, o documento destacou os progressos no acesso ao financiamento e na atração de talentos.
A nível nacional, Portugal ficou acima da média europeia, passando de 61% em 2023, para 70% em 2024.
Entre os oito parâmetros, o desempenho de Portugal subiu em três, manteve-se em três e desceu em dois.
Em 2024, a criação rápida de 'startups' e a entrada facilitada no mercado subiu de 70% para 80% e o acesso ao financiamento de 50% para 100%, mantendo-se acima das respetivas médias europeias, de 70% e 72%. Apesar da subida de 20 pontos percentuais, para 51%, o parâmetro da inclusão social, diversidade e proteção dos valores democráticos manteve-se abaixo do conjunto europeu (58%).
Em sentido inverso houve descidas na inovação na regulamentação (de 49%, para 40%, contra média de 43%) e na inovação na contratação pública (de 50%, para 48%, contra média europeia de 55%).
Face a 2023, mantiveram-se, em 2024, as classificações na atração e retenção de talento (50%), 'stock options' (100%) e a priorização do digital (97%), tendo a primeira ficado abaixo da média europeia (64%), e as últimas duas excedido o agrupado do continente (62% e 70%, respetivamente).
O diretor executivo da ESNA, Arthur Jordão, antigo assessor nos governos do Partido Socialista em secretarias de Estado que tinham a tutela da transformação digital, considerou que o relatório hoje divulgado "é uma ferramenta essencial para os decisores políticos, governos e empresários avaliarem o quão propícios são os ecossistemas dos seus países para fomentar a inovação e escalar negócios".
A nível europeu, os autores do relatório destacam o desenvolvimento de "uma variedade de instrumentos de financiamento" pelos países analisados para incentivar o investimento nas 'startups'.
De igual forma, assinalaram os esforços europeus para a digitalização.
Ainda assim, sublinhou a necessidade de mais esforços para alcançar os objetivos de competitividade, nomeadamente na atração e retenção de talento.
"Este relatório destaca a necessidade de mais inovação nas ferramentas públicas, bem como a necessidade de considerar a especificidades das 'startups' nestes processos", apontaram os autores.